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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

ESPECIALISTAS EM SEGURANÇA CRITICAM AÇÃO DA PM QUE TERMINOU EM TIROTEIO EM COPACABANA

EXTRA 02/01/14 08:16

Giulliane Viêgas, Paolla Serra e Wilson Mendes

A área da Avenida Nossa Senhora de Copacabana bloqueada, depois do tiroteio Foto: Mônica Imbuzeiro / Agência O Globo



Pouco antes das mais de 2 milhões de pessoas assistirem ao espetáculo de fogos com a trilha sonora do inglês John Powell para a animação “Rio 2”, o som que se destacou em Copacabana foram os estampidos de armas da PM. Ao intervir numa briga de casal, um agente teve a arma roubada de sua cintura por um homem que estrangulava a mulher. A ação terminou em tiroteio, corre-corre e 12 pessoas feridas (quatro delas continuavam internadas ontem à noite).

— Essa pistola deveria estar travada. Se não estava, o policial feriu um procedimento de segurança — criticou Paulo Storani, ex-instrutor do Bope, frisando que outra possibilidade seria o homem saber utilizar a arma.

Uma das vítimas do tiroteio foi o tenente-coronel Ronal Langres Santana, comandante do 19º BPM (Copacabana). Ele foi um dos PMs que participaram da abordagem a Adilson Rufino Silva, de 34 anos, que discutia com Rosilene de Azevedo, de 37. Com a arma de um dos soldados, ele, Adilson, fez disparos em várias direções.

Adilson Rufino da Silva, que está internado sob custódia, no Hospital Miguel Couto Foto: Paolla Serra



Para Vinícius Domingues Cavalcante, diretor da Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança, pode ter havido falha na abordagem:

— O contato pessoal, que possibilitou o roubo, deveria ser evitado. Antes, seria necessário o uso de um cassetete, um bastão, ou mesmo spray de pimenta.

Renato Resse foi uma das vítimas do tiroteio Foto: Roberto Moreyra / Agência O Globo



Renato Resse, de 15 anos, que trabalhava na praia, foi atingido no ombro:

— Agachei e senti meu ombro queimar. Tive muito medo, eu poderia morrer.

Para a supervisora Lucy Silva, os PMs foram imprudentes Foto: Gustavo Stephan / Agência O Globo



Uma das feridas no tiroteio, a supervisora de telemarketing Lucy Silva afirmou que os PMs foram imprudentes. O amigo, que se identificou apenas como Alexandre, concordou.

— Vi um PM fazer sete disparos em direção a uma lanchonete lotada — criticou.

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