ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

DECISÕES SEM TRANSPARÊNCIA

O SUL Porto Alegre, Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2014.



WANDERLEY SOARES


Na PEJ, não só os apenados são suspeitos

Em 2011, na PEJ (Penitenciária Estadual do Jacuí), dois sargentos foram investigados por desvio de gêneros alimentícios e outros produtos do almoxarifado e da aprovisionadoria daquele complexo prisional. O IPM 2535/2011 originou o Processo Criminal CEJ n 351-24.2012.9.21.0002 na Justiça Militar, onde os acusados foram condenados a três anos de reclusão pelo crime de peculato. O caso está em fase recursal na Justiça Militar e, durante a sua tramitação, a Brigada instaurou procedimentos para exclusão dos sargentos. Estes procedimentos tiveram suas decisões divulgadas recentemente nos boletins brigadianos, sendo a decisão do comando da corporação no sentido de que os PMs estão aptos a permanecer na Brigada, ou seja, somente deverão receber punição disciplinar. Não faz muito tempo, um episódio ocorrido em Montenegro, que envolvia o favorecimento de uma determinada visitante na PEJ, também teve uma finalização, no mínimo, obscura. A transparência não é mais, exatamente, o forte da Brigada Militar na era da transversalidade do governo gaúcho


Sem controle

A Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários) admitiu (nenhuma novidade nisso) que não tem controle em relação à entrada de celulares no Albergue Prisional de Caxias do Sul. Vinte e dois aparelhos foram apreendidos numa revista feita ontem com apoio da Brigada Militar


Panos estendidos

Como o caso chamusca uma área do governo, a tendência atual é de que a Polícia Civil, sem cessar a investigação criminal que tisna a Secretaria de Obras, passe a manter discrição sobre o que for apurado. Na área política, os panos quentes já estão estendidos.

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