Movimento Passe Livre promete nova manifestação na segunda-feira
O GLOBO
Atualizado:14/06/13 - 11h56
Quarto protesto contra o reajuste de ônibus em SP teve confronto Eliaria Andrade / Agência O Globo
SÃO PAULO — O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, determinou a apuração de possíveis abusos por parte da Polícia Militar durante a manifestação na quinta-feira contra o reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo. No quarta protesto, o maior e mais violento deles, manifestantes e policiais entraram mais uma vez em confronto. No total, 235 pessoas foram detidas, a maioria para averiguação. Destes, quatro estão presos por formação de quadrilha, sem direito a pagamento de fiança. Entre os feridos, há também jornalistas.
A adesão ao Movimento Passe Livre (MPL), que organiza os protestos, cresceu na internet de ontem para hoje. O perfil do grupo no Facebook mais que dobrou o número de adeptos. No início da manhã desta sexta-feira, o grupo ultrapassou 50 mil “curtidas”. O MPL promete um novo ato para a próxima segunda-feira, com concentração no Largo da Batata, em Pinheiros. Mais de 42 mil pessoas já confirmaram presença. O número já ultrapassou as 28 mil confirmações para o protesto de ontem que levou cerca de 20 mil pessoas às ruas, segundo os organizadores.
Em entrevista à TV Globo, nesta sexta-feira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) reafirmou que não vai voltar atrás no valor da passagem - R$ 3,20. Haddad voltou a criticar a violência dos protestos.
— A Prefeitura não pode se submeter ao jogo de tudo ou nada. Ou é do jeito que eles querem ou não tem conversa — disse o prefeito de São Paulo.
Segundo Haddad, a Prefeitura adiou por seis meses o anúncio da tarifa, que ele considera “o menor possível”.
Já à GloboNews, Haddad disse que o confronto não “ficou bem para a polícia”.
- A polícia segue protocolos. Quando o protocolo é obedecido, as coisas caminham bem. No dia de ontem, segundo as imagens e os relatos, parece que esses protocolos não foram observados, razão pela qual a Secretaria da Segurança determinou a investigação - falou Haddad em entrevista à GloboNews.
Ele também disse que o confronto desta quinta-feira “não ficou bem para a polícia”. - Eu penso que tem havido excessos. Na terça-feira, infelizmente tivemos 80 ônibus depredados, policiais que foram agredidos. Ontem também não ficou bem para a polícia, o secretário (Fernando) Grella abriu um inquérito para investigar os eventuais abusos. Isso não é uma questão da corporação, mas há indivíduos que precisam ser investigados em sua conduta.”
Vídeo na internet mostra policial supostamente quebrando viatura
Na internet, foi divulgado um vídeo que mostra um policial supostamente quebrando o vidro de uma viatura, na Rua da Consolação. O vídeo está sendo divulgado nas redes sociais. No Twitter, #Policial Quebra Vidro da Própria Viatura está entre os dez assuntos mais comentados.
A Polícia Militar de São Paulo, em nota, disse que “a viatura já se encontrava danificada e o policial militar, no momento em que foi filmado, retirava os estilhaços que restaram no veículo”.
A quarta manifestação contra o reajuste da passagem de ônibus começou no fim da tarde de quinta-feira, em frente ao Theatro Municipal, no Centro. Os manifestantes caminharam ruas do centro da cidade por cerca de uma hora. A confusão começou quando a multidão chegou ao final do percurso que havia sido combinado com a Polícia Militar. A PM usou bombas de gás lacrimogêneo e deu tiros de balas de borracha. Alguns participantes do protesto revidaram com rojões e pedras. Manifestantes então se dispersaram em vários grupos, e os confrontos se multiplicaram.
Os quatro detidos estão na carceragem do 2º DP (Bom Retiro) e devem ser transferidos para um CDP (Centro de Detenção Provisória) ainda nesta sexta-feira.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Enquanto em países mais desenvolvidos os governantes publicamente apoiam as ações de suas polícias, aqui mostram logo o lado política que gerencia a ordem pública e a justiça criminal.
Quarto protesto contra o reajuste de ônibus em SP teve confronto Eliaria Andrade / Agência O Globo
SÃO PAULO — O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, determinou a apuração de possíveis abusos por parte da Polícia Militar durante a manifestação na quinta-feira contra o reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo. No quarta protesto, o maior e mais violento deles, manifestantes e policiais entraram mais uma vez em confronto. No total, 235 pessoas foram detidas, a maioria para averiguação. Destes, quatro estão presos por formação de quadrilha, sem direito a pagamento de fiança. Entre os feridos, há também jornalistas.
A adesão ao Movimento Passe Livre (MPL), que organiza os protestos, cresceu na internet de ontem para hoje. O perfil do grupo no Facebook mais que dobrou o número de adeptos. No início da manhã desta sexta-feira, o grupo ultrapassou 50 mil “curtidas”. O MPL promete um novo ato para a próxima segunda-feira, com concentração no Largo da Batata, em Pinheiros. Mais de 42 mil pessoas já confirmaram presença. O número já ultrapassou as 28 mil confirmações para o protesto de ontem que levou cerca de 20 mil pessoas às ruas, segundo os organizadores.
Em entrevista à TV Globo, nesta sexta-feira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) reafirmou que não vai voltar atrás no valor da passagem - R$ 3,20. Haddad voltou a criticar a violência dos protestos.
— A Prefeitura não pode se submeter ao jogo de tudo ou nada. Ou é do jeito que eles querem ou não tem conversa — disse o prefeito de São Paulo.
Segundo Haddad, a Prefeitura adiou por seis meses o anúncio da tarifa, que ele considera “o menor possível”.
Já à GloboNews, Haddad disse que o confronto não “ficou bem para a polícia”.
- A polícia segue protocolos. Quando o protocolo é obedecido, as coisas caminham bem. No dia de ontem, segundo as imagens e os relatos, parece que esses protocolos não foram observados, razão pela qual a Secretaria da Segurança determinou a investigação - falou Haddad em entrevista à GloboNews.
Ele também disse que o confronto desta quinta-feira “não ficou bem para a polícia”. - Eu penso que tem havido excessos. Na terça-feira, infelizmente tivemos 80 ônibus depredados, policiais que foram agredidos. Ontem também não ficou bem para a polícia, o secretário (Fernando) Grella abriu um inquérito para investigar os eventuais abusos. Isso não é uma questão da corporação, mas há indivíduos que precisam ser investigados em sua conduta.”
Vídeo na internet mostra policial supostamente quebrando viatura
Na internet, foi divulgado um vídeo que mostra um policial supostamente quebrando o vidro de uma viatura, na Rua da Consolação. O vídeo está sendo divulgado nas redes sociais. No Twitter, #Policial Quebra Vidro da Própria Viatura está entre os dez assuntos mais comentados.
A Polícia Militar de São Paulo, em nota, disse que “a viatura já se encontrava danificada e o policial militar, no momento em que foi filmado, retirava os estilhaços que restaram no veículo”.
A quarta manifestação contra o reajuste da passagem de ônibus começou no fim da tarde de quinta-feira, em frente ao Theatro Municipal, no Centro. Os manifestantes caminharam ruas do centro da cidade por cerca de uma hora. A confusão começou quando a multidão chegou ao final do percurso que havia sido combinado com a Polícia Militar. A PM usou bombas de gás lacrimogêneo e deu tiros de balas de borracha. Alguns participantes do protesto revidaram com rojões e pedras. Manifestantes então se dispersaram em vários grupos, e os confrontos se multiplicaram.
Os quatro detidos estão na carceragem do 2º DP (Bom Retiro) e devem ser transferidos para um CDP (Centro de Detenção Provisória) ainda nesta sexta-feira.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Enquanto em países mais desenvolvidos os governantes publicamente apoiam as ações de suas polícias, aqui mostram logo o lado política que gerencia a ordem pública e a justiça criminal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário