ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

sábado, 29 de junho de 2013

BOMBAS, POLÍCIA E BAIXOS SALÁRIOS


ZERO HORA 29 de junho de 2013 | N° 17476


WIANEY CARLET


Bombas e gases

Se repetirem o que aconteceu nos demais jogos da Copa das Confederações, milhares de pessoas tentarão se aproximar do Maracanã para protestar e depredar, mesmo sabendo que serão contidas e repelidas com granadas de gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e balas de borracha. Para os interesses internos do Brasil, nada será acrescentado com o deliberado assédio ao estádio. Porém, serão inevitáveis os prejuízos que a aparente insegurança proporcionará ao país, ano que vem. Turistas fugindo do Brasil na Copa do Mundo é prejuízo. É justo, adequado e oportuno pressionar os três poderes da República para que sejam obtidas transformações que o Brasil exige com a máxima urgência. Mas em que o país melhorará perdendo o turismo e prejudicando a nossa imagem no Exterior?

Imaginando

E se Porto Alegre estivesse sediando jogos da Copa das Confederações,? As manifestações sairiam do Largo Glênio Peres, na direção do Beira-Rio. Seguiriam pela Avenida Padre Cacique ou pela Avenida Beira-Rio. Para evitar que chegassem ao estádio, a Brigada Militar fecharia as duas únicas vias de acesso ao estádio colorado. E a torcida, como chegaria ao Beira-Rio? É provável que a via que margeia o Guaíba não fosse a escolhida pela falta de alvos para as depredações. Na Borges e Padre Cacique, haveria abundantes objetivos para saciar a gana destrutiva dos vândalos. Chegar e deixar o Beira-Rio seria uma prova infernal que, certamente, inibiria a presença de torcedores nos jogos. Sabem de uma coisa? Acho que Porto Alegre deve festejar a perda da Copa das Confederações.

Polícia

Em distúrbios envolvendo grandes massas de manifestantes, aparecem em penca os especialistas em controle de tumultos. Desenha-se, então, um quadro extravagante: todo o mundo entende do assunto, menos a BM. Em todas as manifestações de Porto Alegre, a BM passou por força truculenta que agride inocentes. Pergunta: como se faz para conter vândalos e saqueadores que chegam protegidos pela multidão?

Baixos salários

Não são poucos os PMs feridos nos enfrentamentos com a banda podre dos manifestantes. Os policiais cumprem o seu dever ainda que recebam os salários mais baixos entre as polícias militares do Brasil. Mas, infelizmente, somos o país do futebol e das injustiças. Nestas horas, calam-se as vozes que pregam a extinção da BM. O momento é bom para lembrar.


Matéria indicada pelo  Ten Cel Iriart

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