A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sábado, 10 de novembro de 2012
POLICIAIS ESCONDIDOS E CARROS BLINDADOS
11 de novembro de 2012 | N° 17250
VIOLÊNCIA EM SP
Policiais escondidos e carro blindadoA Associação de Cabos e Soldados da PM paulista (ACS) convive há mais de mês com um dilema bem diverso da rotina sindical: impedir que seus afiliados sejam executados pelo PCC. Desde o final de outubro, 12 policiais militares saíram de suas casas e buscaram esconderijo em outros pontos de São Paulo, longe da rotina, da família, dos amigos. Eles são escondidos por colegas. Entre os 12 jurados de morte há uma mulher.
Os policiais se mudaram de malas e armas para a residência de colegas ou parentes. Alguns foram removidos para serviço administrativo (longe das ruas) e receberam escolta.
– Temos prestado apoio a eles. Para isso é preciso recursos – pondera o vice-presidente da ACS, cabo Antônio Carlos do Amaral Duca, 45 anos.
O próprio presidente da ACS, cabo Wilson Morais, é exemplo de como não é fácil conviver com as ameaças. Desde o início de outubro ele circula em carro blindado. PMs guarnecem, discretamente, o prédio da entidade, que recebeu diversas ameaças por auxiliar os policiais.
Pelo menos uma das reivindicações imediatas da associação foi atendida esta semana. O governador paulista, Geraldo Alckmin, prometeu que toda família de policial morto receberá indenização financeira – mesmo que ele não tenha morrido em serviço. Até agora, só mortos em serviço recebem o seguro-padrão da PM.
O presidente da Associação Nacional das Entidades Representativas de Cabos e Soldados Policiais, o gaúcho Leonel Lucas (que preside a entidade no RS), defende transformar em crime hediondo o assassinato de policiais. Ação popular conta com 1,4 milhão de assinaturas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário