ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

ALERTA NA POLÍCIA GAÚCHA


ZERO HORA 15 de novembro de 2012 | N° 17254

PÁGINA 10 | ROSANE DE OLIVEIRA


Embora a Polícia Civil não acredite na possibilidade de ocorrerem ataques semelhantes aos que aterrorizam Santa Catarina e São Paulo nos últimos dias, o Rio Grande do Sul está em estado de alerta. O chefe de Polícia, Ranolfo Vieira Jr., não quer semear pânico entre a população, mas o fato de um dos atentados ter ocorrido em Criciúma, a cerca de cem quilômetros da divisa com o Rio Grande do Sul, deixou os órgãos de segurança atentos a qualquer sinal diferente captado por seus agentes ou denunciado pela população.

As autoridades daqui não querem desprezar indícios, como fez a polícia de São Paulo ao receber o primeiro alerta de que o PCC preparava uma série de atentados. Ontem, a polícia gaúcha foi atrás de duas informações que se revelaram infundadas sobre preparação de atentados. Mesmo correndo o risco de perder tempo com pistas falsas, o delegado Emerson Wendt, especialista em inteligência, pede à população que denuncie qualquer movimento suspeito pelo telefone 181 ou pelo site da Polícia Civil (www.pc.rs.gov.br).

– Em princípio, acreditamos que não há risco de o Estado sofrer esse tipo de atentado, porque aqui não existe uma facção dominante nos presídios. Como não se pode descartar totalmente essa possibilidade, a polícia tem de estar atenta, e a comunidade pode colaborar – diz Wendt.

No Rio Grande do Sul, são três facções atuando nos presídios, o que dilui o seu poder. Wendt considera mais provável a ocorrência de ataques semelhantes aos de São Paulo e Santa Catarina no Paraná, em Mato Grosso do Sul e Pernambuco.

Ontem, ao longo do dia, delegados gaúchos trocaram informações com policiais de Santa Catarina e do Paraná. O otimismo das autoridades catarinenses, que ao longo do dia imaginavam ter estancado a onda de violência com a prisão de 21 suspeitos, se desfez à noite, com o incêndio de mais um ônibus na praia dos Ingleses.

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