A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sábado, 10 de novembro de 2012
MAIS PMS A PÉ PODEM AJUDAR A INIBIR AÇÃO DE CRIMINOSOS?
ZERO HORA 10 de novembro de 2012 | N° 17249
DO LEITOR
O problema da crise da segurança que vivemos se deve à legislação permissiva e ao Judiciário mais preocupado com o direito dos delinquentes do que com os do cidadão. Sergio Quadros, Engenheiro – Porto Alegre
O efetivo deve ser suficiente para cobrir todas as áreas e os PMs devem andar em dupla para não se tornarem vítimas. Décio Antônio Damin, Médico – Porto Alegre
Irá ajudar muito. Tenho saudade do tempo em que tínhamos nas ruas os Pedro e Paulo. Hildo Portela Aguiar, Autônomo – Viamão
Pode ajudar, mas pouco resolve. O criminoso não tem mais medo da PM. Albino Perleberg, Aposentado – Pelotas
Deveria ser o correto, mas não resolve com leis brandas. O PM prende, entrega na delegacia e o juiz solta. Janete Luchesi Garbini, Artista plástica – Porto Alegre
Os criminosos têm que temer a polícia e a Justiça. Medidas paliativas são tão inúteis quanto analgésicos para doenças graves. José Alvaro Seibel, Médico – Santa Rosa
A segurança pública está desmantelada e é claro que temos que nos contentar com soluções a conta-gotas. Artur Silveira,Funcionário público – Porto Alegre
Enquanto houver indulto para presos e menores de idade delinquentes continuarem impunes, qualquer medida para reduzir a criminalidade será paliativa.Virgílio Melhado Passoni, Aposentado – Jandaia do Sul
O que inibe os criminosos é a presença do policial. A pé, a cavalo ou de bicicleta, o importante é que ele esteja nas ruas.Daniel Gonçalves Ferreira, Aposentado – Encruzilhada do Sul
Não, só espalha para áreas que têm menos vigilância. O que inibe o crime é o bandido na cadeia. Paulo Bandarra, Médico – Porto Alegre
Sim. PMs a pé estarão mais próximos de nós, aumentando nossa segurança.Renato Mendonça Pereira, Professor – Alvorada
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Meu comentário: Apesar de limitados no espaço de atuação, Policiais ostensivos a pé são muito mais preventivos, atentos e comprometidos do que os motorizados que patrulham áreas extensas. A pé, os policiais podem interagir com os moradores e comerciantes, levantar informações importantes para a segurança pública e ficar comprometidos com o local de trabalho se forem designados sempre para o mesmo posto de policiamento, passando a ser conhecidos e respeitados, além de perceber a situação e riscos inerentes ao posto. Para a segurança deste policial ostensivo a pé é preciso estabelecer a jornada com dupla de policiais (nunca sozinhos) e criar uma rede de apoio com patrulha de resposta rápida (guarnição motorizada) e patrulhas discretas (guarnição motorizada com viaturas sem identificação ou policiais a pé sem uniforme e infiltrados na multidão)
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