O Estado de S. Paulo 14 de maio de 2014 | 11h 20
Em greve, PMs de Pernambuco suspendem atividades. Rondas ostensivas, os atendimentos do 190 e o apoio a operação da Secretaria de Defesa Social estão suspensos; grupo reivindica aumento salarial de 50% para soldados
Mônica Bernardes
RECIFE - Um dia depois de anunciarem a paralisação de suas atividades por tempo indeterminado, policiais e bombeiros militares de Pernambuco permanecem, desde a meia noite de terça-feira, 13, de braços cruzados, dentro dos quartéis. De acordo com a coordenação do movimento, estão suspensas as rondas ostensivas, os atendimentos aos chamados feitos pela central telefônica 190 e o apoio a qualquer operação da Secretaria de Defesa Social.
No início desta manhã, pela primeira vez desde que foi criado o Pacto Pela Vida - Programa desenvolvido pela Secretaria de Defesa Social em conjunto com diversos órgãos do Executivo e sociedade civil organizada - a Polícia Militar não participou de uma ação desencadeada para prender suspeitos de tráfico de drogas, homicídio e receptação de produtos roubados. A operação, batizada de Lock Down, deveria contar com 110 PMs, mas acabou sendo realizada apenas com policiais civis já que nenhum deles apareceu. Os suspeitos presos foram levados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Foram cumpridos 29 mandados de prisão, sendo 25 de prisão temporária e quatro de prisão preventiva, além de 20 mandados de busca e apreensão domiciliar.
O impasse entre os militares e o Governo de Pernambuco permanece. Na terça, durante reunião realizada no Palácio do Campo das Princesas, uma comissão da categoria entregou novamente a pauta de reivindicações, composta por 18 itens, com destaque para o reajuste salarial de 50% para soldados e 30% para oficiais a partir de janeiro, melhores condições de trabalho e implantação do plano cargos e carreiras. Em contrapartida, o governo reforçou a disposição de garantir um reajuste de 14,55% a partir de junho. Em nota oficial, o Executivo afirmou que "a população não ficará desassistida durante a paralisação".
Entre a população o clima é de expectativa. Nas redes sociais é grande o número de pessoas que postam fotos de viaturas paradas nos quartéis ou postos de policiamento sem efetivo. Boatos sobre arrastões têm sido recorrentes, especialmente entre o público mais jovem.
PMs e bombeiros permanecem nos quartéis em Pernambuco
14 de maio de 2014 | 11h 48
MONICA BERNARDES - Agência Estado
Um dia depois de anunciarem a paralisação de suas atividades, por tempo indeterminado, policiais e bombeiros militares de Pernambuco permanecem, desde a meia noite desta terça-feira, 13, de braços cruzados, dentro dos quartéis. De acordo com a coordenação do movimento, estão suspensas as rondas ostensivas, os atendimentos aos chamados feitos pela central telefônica 190 e o apoio a qualquer operação da Secretaria de Defesa Social. Uma assembleia da categoria, onde a greve deverá ser oficialmente decretada, está prevista para acontecer no final da manhã desta quarta.
No início desta manhã, pela primeira vez desde que foi criado o Pacto Pela Vida - programa desenvolvido pela Secretaria de Defesa Social em conjunto com diversos órgãos do Executivo e sociedade civil organizada - a Polícia Militar não participou de uma ação desencadeada para prender suspeitos de tráfico de drogas, homicídio e receptação de produtos roubados. A operação, batizada de Lock Down, deveria contar com 110 PMs, mas acabou sendo realizada apenas com policiais civis já que nenhum deles apareceu. Os suspeitos presos foram levados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Foram cumpridos 29 mandados de prisão, sendo 25 de prisão temporária e quatro de prisão preventiva, além de 20 mandados de busca e apreensão domiciliar.
O impasse entre os militares e o Governo de Pernambuco permanece. Nesta terça, durante reunião realizada no Palácio do Campo das Princesas, uma comissão da categoria entregou novamente a pauta de reivindicações, composta por 18 itens, com destaque para o reajuste salarial de 50% para soldados e 30% para oficiais a partir de janeiro, melhores condições de trabalho e implantação do plano cargos e carreiras. Em contrapartida, o governo reforçou a disposição de garantir um reajuste de 14,55% a partir de junho. Em nota oficial, o Executivo afirmou que "a população não ficará desassistida durante a paralisação".
Entre a população o clima é de expectativa. Nas redes sociais é grande o número de pessoas que postam fotos de viaturas paradas nos quartéis ou postos de policiamento sem efetivo. Boatos sobre arrastões têm sido recorrentes, especialmente entre o público mais jovem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário