CORREIO DO POVO, 06/12/2012
'Houve reação
proporcional', diz BM
O tumulto
da noite de quinta-feira no Centro de Porto Alegre, com atos de vandalismo e
confronto de jovens com policiais militares, não reflete postura democrática. A
manifestação é do comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Roberto
de Abreu, ao comentar os incidentes, primeiro na praça Montevidéu, e depois no
Largo Glênio Peres, onde o boneco inflável tatu-bola, símbolo da Copa do Mundo
de 2014, foi atacado e estourado.
Os PMs chamados para o local foram alvo de
pedradas. Levantamento da BM mostrou que os jovens destruíram também a fachada
de vidro de uma agência bancária, uma parada de ônibus e um telefone público,
além de danificarem duas viaturas. No tumulto, seis brigadianos ficaram
feridos, dos quais um está hospitalizado com ferimentos na cabeça. Oito
manifestantes e um guarda municipal também tiveram ferimentos. Sete jovens
foram detidos.
O coronel lembrou que os jovens têm o direito de protestar,
inclusive contra a realização da Copa do Mundo de 2014, mas não podem perturbar
a ordem pública e usar da violência. 'É muito grave inclusive quando se afronta
a autoridade pública', avaliou.
Já o responsável pelo 9 BPM, major André Luiz
Córdova, assegurou que não houve excessos pela BM, que interveio com balas de
borracha e bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Para o oficial,
tratou-se de 'uma resposta proporcional a uma agressão real, atual e iminente
contra os policiais ou contra terceiros'.
A Brigada Militar estuda abrir um IPM
para apurar o incidente. Imagens e fotos do tumulto são examinadas para
identificar os envolvidos. A BM lembrou que o mesmo grupo havia protestado
contra o cercamento do Auditório Araújo Viana no show de Tom Zé, no dia 3 deste
mês, ocorrendo tumulto na ocasião.
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