ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

INVESTIGADO COMO CIDADÃO COMUM

FLHA.COM 4/10/2012 - 04h00

'Policial será investigado como cidadão comum', diz diretora do Sou da Paz


DE SÃO PAULO

Para Luciana Guimarães, diretora do Instituto Sou da Paz, o fim dos "autos de resistência" permitirá que policiais sejam investigados como cidadãos comuns. Ela classifica a medida como parte de uma política de transparência para a segurança pública.

Folha - Como a senhora avalia a proposta do Planalto?

Luciana Guimarães - Acho uma grande evolução, parte de uma política transparente de segurança pública. Se o policial mata alguém, que seja investigado do mesmo modo [que outros cidadãos]. Quando você bota "resistência seguida de morte", já está quase dizendo que não foi um homicídio intencional, que foi uma legítima defesa.

Por quê?

A classificação atual move uma investigação completamente diferente. E há a questão do corporativismo. Por outro lado, pode existir uma consequência perversa.

Qual?

Se a informação de que o homicídio foi cometido por um policial cair no bolo de todos os homicídios, a gente não vai mais saber disso.

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