ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

JUSTICEIROS: AÇÃO DE POLÍCIA É UMA HIPÓTESE

FOLHA.COM 10/10/2012 - 06h30

Ação de polícia é uma hipótese, diz Alckmin sobre assassinatos

Quase 18 horas após a morte de um policial e mais sete civis em Taboão da Serra (na Grande São Paulo), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) não descartou o envolvimento da polícia na série de crimes que ocorrem desde quinta.


Eduardo Anizelli/Folhapress
 
Homem fica pendurado em portão após ser morto a tiros em Taboão da Serra

ENTREVISTA:

FOLHA - Há uma guerra entre a polícia e o crime organizado?

Geraldo Alckmin - Temos tido uma forte ação da polícia contra o crime organizado, especialmente o tráfico. A morte de policiais é uma forma de o crime intimidar o Estado. Ele não será intimidado. Os casos de policiais mortos --ontem [anteontem] mesmo foi preso mais um criminoso-- estão sendo desvendados e os criminosos estão sendo presos.

Mas e as mortes dos civis logo após as de policiais? É possível o envolvimento de policiais?

Não descartamos nenhuma hipótese. Há hipótese de briga entre traficantes, entre organizações criminosas, que aproveitam esses momentos para cometer esses crimes.  A hipótese de que possa ter um policial envolvido também é investigada. Por isso, estabelecemos que, em qualquer morte de civil, o DHPP [Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa] acompanhe.

Existe a possibilidade de haver um grupo de extermínio?

Não, o que nós temos são mortes que ocorreram e que estão sendo investigadas.

Qual é a força do crime organizado no Estado?

É menor do que foi no passado. Essa é uma guerra que você tem de vencer batalha todo dia. Nós sofremos as consequências da falta de policiamento de fronteiras, que são responsabilidade do governo federal. Nossa parte estamos fazendo.

O envio do reforço para o litoral é indicativo de que a situação lá está fora do controle?

Não, ela não está fora de controle. É evidente que, quando a organização criminosa ataca covardemente o policial, ela quer intimidar o Estado. Quer intimidar porque a ação firme da polícia está atrapalhando o crime.

O sr. pretende fazer alguma alteração na Secretaria de Segurança ou na Polícia Militar?

Não.

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