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sábado, 12 de janeiro de 2013

SEM SOCORRO DA POLÍCIA


REVISTA ÉPOCA ONLINE 08/01/2013 12h49

Vítimas de crimes em confronto com a polícia não poderão mais ser socorridas por PMs em SP. Somente unidades médicas e paramédicas de emergência, como o Samu, poderão atuar nesses casos. Envolvidos devem ser apresentados imediatamente à delegacia

REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA BRASIL

Vítimas de crimes ou pessoas envolvidas em confrontos com a polícia não poderão mais ser socorridas por policiais militares em São Paulo. A determinação da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) foi publicada nesta terça-feira (8) no Diário Oficial do Estado. De acordo com o órgão, a medida, além de garantir atendimento apropriado aos feridos, preserva os locais dos crimes para que a perícia e as investigações sejam feitas de forma adequada.

A partir desta terça-feira, somente unidades médicas e paramédicas de emergência, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu), poderão atuar nesses casos. De acordo com a Secretaria, a resolução segue o procedimento já adotado com as vítimas de acidente de trânsito. Outra mudança prevê que os envolvidos nessas ocorrências sejam apresentados imediatamente à delegacia de polícia.

Para o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, a nova medida vai permitir que a Polícia Civil chegue com mais eficiência à autoria e à motivação dos crimes. “O Samu possui protocolo de atendimento de ocorrências com indícios de crime buscando preservar evidências periciais, sem comprometimento do pronto e adequado atendimento às vítimas”, informa nota divulgada pelo órgão.

A resolução altera também a forma como devem ser registrados os casos em que houver confronto com a polícia. Os termos “resistência seguida de morte” ou “auto de resistência”, usados atualmente, serão substituídos por “morte decorrente de intervenção policial” ou “lesão corporal decorrente de intervenção policial”. A mudança segue recomendação da Resolução nº 8 do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana.

Com objetivo de integrar as polícias civil e militar, conforme se comprometeu Grella ao assumir o posto de secretário em novembro do ano passado, a secretaria estabeleceu também novos parâmetros para o atendimento das ocorrências. Nos casos em que houver feridos, o primeiro procedimento a ser adotado pelos policiais será chamar o Samu. Em seguida, o fato deve ser comunicado ao respectivo centro de comunicações: Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) ou Centro de Comunicações e Operações da Polícia Civil (Cepol). Essas unidades deverão trocar informações. O Cepol, logo que comunicado do crime, será responsável por acionar a Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC). “O objetivo é tornar mais ágil a chegada da perícia”, diz a nota da secretaria.


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