ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

DESAFIOS E FUTUROS




ZERO HORA 02 de janeiro de 2013 | N° 17300

PÁGINA 10 | CARLOS ROLLSING (Interino)

Alçados aos cargos nas cerimônias de posse realizadas ontem nos 497 municípios gaúchos, os prefeitos entram agora na fase de cumprimento de promessas e superação de desafios. Decisivos para o desenvolvimento, os próximos quatro anos também serão fundamentais para apontar o futuro político de lideranças do Estado. Quem for bem se cacifa para voos mais altos.

Episódios trágicos como o assalto à fábrica de joias em Cotiporã acarretam a certeza de que colherão bons frutos os prefeitos que encontrarem alternativas para a segurança, em conjunto com os governos estadual e federal. Não é mais aceitável que os gestores passem quatro anos reclamando da falta de efetivo da Brigada Militar, agarrando-se ao obsoleto item da Constituição que atribui ao Estado a tarefa de prover segurança pública.

Nas grandes cidades, as guardas municipais precisam ser reforçadas, treinadas e equipadas para atuar em patrulhas ostensivas, auxiliando a Brigada Militar. É desperdício permitir que os agentes cumpram apenas a função de proteger o patrimônio público. Antes de qualquer coisa, quem precisa de proteção é a população. A Região Metropolitana, sobretudo Porto Alegre, precisa analisar a possibilidade de equipar as guardas municipais com armas de fogo. Ao mesmo tempo, a criminalidade deve ser combatida com o cercamento virtual das cidades, centrais de monitoramento e programas sociais para pessoas em situação de vulnerabilidade.

Também são desafios a construção de creches, o saneamento das finanças, a execução de soluções para a saúde e a busca por vocações econômicas que não deixem as cidades dependentes dos setores primário e de serviços. Onde houver possibilidade, é fundamental agregar valor aos produtos, expandir a indústria e a produção de componentes tecnológicos.

Em Porto Alegre, o prefeito José Fortunati vislumbra pelo menos outros três desafios: finalizar as obras da Copa sem novos atrasos, lançar a licitação que irá mudar o sistema de ônibus na Capital, com a adoção dos BRTs (Bus Rapid Transit), e acabar com células partidárias que se instalaram há anos na prefeitura de Porto Alegre para obter vantagens pessoais. Se cumprir o mandato com êxito, Fortunati entrará com envergadura na eleição de 2018 ao Piratini.

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