Sargento da PM morre baleado durante treinamento no Distrito Federal - 17/12/2010 às 09h15m; DFTV
BRASÍLIA - Um sargento de 47 anos morreu baleado durante um treinamento de rotina no 4º batalhão no Guará 2, no Distrito Federal. O sargento recebeu um tiro nas costas de outro policial que também participava do treino. Eram 19 policias em fila, comandados por um oficial e cumpriam ordem para tirar a munição das armas, que eram pistolas ponto 40, quando o disparo aconteceu.
Silva Barros chegou a ser socorrido no Hospital do Guará, mas não resistiu. Ele e o colega de quem teria partido o disparo trabalhavam juntos na mesma viatura havia três anos.
Segundo a Polícia Militar, o treinamento é repetido sempre antes da tropa sair para as ruas. O chefe do departamento operacional da PM, o coronel Carlos Alberto Teixeira Pinto, tenta explicar o que aconteceu.
- O policial estava retirando as munições de sua arma, porque todas as instruções são feitas dessa forma. E os policiais, o que foi atingido e o que atirou, estavam lado a lado, e por algum motivo a bala entrou na parte de trás do seu corpo e transfixou até o coração - diz.
O funcionário de uma empresa próxima gravou o momento em que o sargento atingido está caído perto do carro. Ele é carregado pelos colegas para dentro da viatura. Um dos policiais gesticula desolado, parecendo apressar a saída do carro.
O sargento Silva Barros, que atuou 20 anos como policial, deixou três filhos.
O policial que atirou está há 14 anos na PM. Ele foi afastado das funções para acompanhamento psicológico e investigação pela corregedoria. Testemunhas estão sendo ouvidas e o autor do tiro já prestou depoimento.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
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