A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
PROTEÇÃO A BINGOS - 10 PMs são suspeitos de corrupção, furto e improbidade
PROTEÇÃO A BINGOS. BM investiga 10 PMs por envolvimento com o jogo. Soldado que revelou cobrar propina de contraventores foi preso ontem - GIOVANI GRIZOTTI | RBS TV
O comando da Brigada Militar solicitou à Justiça Militar a prisão de 10 PMs suspeitos de envolvimento com a exploração de jogos de azar. Um deles, o soldado Valdir Sidinei Costa, 44 anos, foi preso ontem, um dia após reportagem da RBS TV mostrá-lo revelando que cobra propina em troca de proteção a bingos clandestinos.
Preso pelo comandante do Policiamento da Capital, coronel Antero Batista, Costa teve a prisão decretada pela Justiça Militar, que ainda não se manifestou sobre os outros nove pedidos. Na reportagem, o soldado afirmou cobrar R$ 500 semanais para garantir proteção a bingos clandestinos na Capital.
Entre os indícios que embasam a investigação da BM, estão documentos de uso exclusivo da corporação, apreendidos no carro de um contraventor pela Força-Tarefa de Combate aos Jogos Ilegais do Ministério Público. São 31 lacres usados pela Brigada Militar em caça-níqueis durante as operações. No versos desses lacres, que usaram papel reaproveitado, aparecem referências à corporação.
Os documentos incluem um e-mail enviado pelo Comando de Policiamento da Capital a oficiais. Até a escala de trabalho dos PMs aparece no verso de um dos lacres. Em outro, cópia de um documento reservado sobre a estratégia para garantir a segurança da governadora durante um evento.
Ontem, uma nova investigação foi aberta depois que o RBS Notícias exibiu um vídeo mostrando um soldado fardado abrindo duas máquinas caça-níqueis com pé-de-cabra. Durante a ação, ele olha para os lados, para ter certeza de que ninguém está o observando. Recolhe o dinheiro e coloca no bolso. Depois, outro soldado fardado aparece e ajuda o colega a retirar noteiros e placas-mães das máquinas. Registrado por uma câmera de segurança da casa de jogos, o vídeo foi entregue à reportagem por uma fonte que pediu para não ser identificada.
O comandante do Policiamento da Capital acredita que o policial esteja lotado no 1º BPM (Zona Sul), onde um inquérito vai investigar o caso. Para o coronel Antero Batista, o procedimento não pode ser considerado “normal”.
– A postura não é daquela forma adotada, realmente, leva à alguma desconfiança e nós vamos abrir um outro procedimento para investigar essa situação – afirmou.
O MP anunciou que vai investigar os contraventores que pagam propina a policiais.
– Nós vamos identificar as casas em que existem PMs trabalhando como segurança e vamos chamar à responsabilidade penal os contraventores, donos das casas, por corrupção ativa – disse a promotora Sônia Mensch.
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