DIÁRIO GAÚCHO 13/08/2014 | 07h01
Corpo encontrado enterrado no Parque Chico Mendes, com três tiros na cabeça, pode ser de PM da reserva arrancado de casa por bandidos na semana passada
Eduardo Torres
O encontro de um corpo com marcas de tiros na cabeça e parcialmente enterrado no Parque Chico Mendes, Bairro Mario Quintana, na Zona Norte de Porto Alegre, no final da tarde de segunda, pode dar fim a um mistério que vinha sendo mantido em sigilo pela polícia desde a semana passada.
O policial militar aposentado Luis Carlos Gregório, 58 anos, morador do Bairro Passo das Pedras, também na Zona Norte, está desaparecido desde quinta passada, quando teria sido arrancado de casa por criminosos locais. Seria uma vingança dos traficantes.
De acordo com o delegado Róger Bittencourt, que responde interinamente pela 3ª DHPP, a aparência do corpo e todos os indícios levam a crer que o a vítima é realmente Luis Carlos, mas exames periciais das digitais ainda são aguardados.
Polícia acredita em vingança
No começo da semana passada, o PM da reserva não titubeou ao encontrar, jogada no pátio da sua casa, uma mochila carregada com drogas e armas. Entregou o material no 20º BPM, onde já trabalhou.
– Os criminosos provavelmente sabiam que ele era policial. Acreditamos em uma vingança – aponta o delegado.
A família não relatou, até o momento, que o policial aposentado estivesse sofrendo ameaças de traficantes desde o dia em que encontrou a mochila. Mas confirmam que ele foi arrancado de casa.
– Estamos apurando exatamente como ele foi morto. Nos próximos dias serão ouvidos familiares e pessoas próximas que possam esclarecer esses detalhes – completa Róger.
A suspeita é de que Luis Carlos tenha sido levado em algum carro até o Parque Chico Mendes, onde foi morto e enterrado. Uma denúncia anônima teria levado policiais até o local na segunda-feira.
Há suspeitos
Diante da possibilidade de que traficantes tenham executado um PM aposentado, o comandante do 20º BPM, tenente-coronel Marcelo Tadeu Pitta, reforça a atenção a áreas como o Passo das Pedras.
– Nossa presença com abordagens e apreensões naquela região é constante. Vamos reforçar ainda mais – diz.
A suspeita do oficial é de que traficantes em fuga de alguma abordagem tenham jogado a mochila no pátio da residência de Luis Carlos. A polícia já trabalha com alguns suspeitos.
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