ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

sábado, 7 de dezembro de 2013

REALIDADE DIFERENTE DOS NÚMEROS OFICIAIS

O TEMPO - PUBLICADO EM 06/12/13 - 04h00


TÂMARA TEIXEIRA

Categoria denuncia realidade diferente dos números oficiais


Policiais mostraram anteontem os distintivos “congelados”


Segundo a Polícia Federal (PF), o número de operações nos últimos sete anos subiu 20%, entre janeiro de 2007 e novembro deste ano – saltando de 188 para 224 – e o de prisões caiu 55%, de 2.876 para 1.268. Para o Sindicato dos Policiais Federais (Sinpef-MG), os números não representam a realidade. Segundo levantamento da categoria, os indiciamentos por corrupção caíram 84% e os de crimes contra o sistema financeiro, 86%.

“Há duas possibilidades. Ou os corruptos viraram santos ou estão cometendo crimes e não tem ninguém investigando. As ações cresceram porque agora pegamos qualquer caso para investigar para fazer volume, mesmo que ele não resulte em nada concreto”, disse.

Segundo o policial, as quedas estão ligadas ainda à falta de valorização dos profissionais. Segundo Porto, nos últimos anos, muitos dos seus colegas optaram por deixar a corporação e ingressar em outros órgãos.

“Você precisa de pelo menos três anos para ser bom no setor de inteligência, mas, quando completa este período, é trocado de cargo. A direção diz que é para oxigenar a PF, mas é para enfraquecer o trabalho de apuração”, afirma.

Paralisação. Insatisfeitos com a condução da Polícia Federal, os policiais federais de Minas e todo o Brasil prometem fazer um dia de paralisação por mês até a Copa do Mundo, em junho de 2014, assim como aconteceu anteontem. Eles não descartam fazer uma greve durante o Mundial, o que causaria um caos nos aeroportos.

“Nossas carreiras estão congeladas. Precisamos de uma sinalização do governo que teremos mais autonomia e investimentos na corporação.”

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