ZERO HORA 19 de dezembro de 2013 | N° 17649
EDUARDO TORRES
PM indiciado por tortura e tentativa de homicídio
A Delegacia da Polícia Civil de Esteio encerrou ontem o inquérito que investigava supostas agressões policiais contra um casal na região central da cidade, no mês passado. O soldado Laison Vieira, 25 anos, que continua atuando no serviço de inteligência do 34º BPM, foi indiciado por tortura e tentativa de homicídio duplamente qualificado.
Outros dois PMs que participaram da ação não foram indiciados.
O PM alegou que, na noite de 24 de novembro, estava de folga e à paisana quando um casal tentou roubar seu carro, em uma sinaleira da Avenida Padre Claret. Frustrado o assalto, ele saiu em perseguição. Laison sustenta que o mecânico Claudiomiro da Silva, 35 anos, e sua mulher, Cândida Cristiana Mello, 33 anos, haviam se ferido por terem se jogado do carro em movimento. Mas os laudos periciais comprovaram que as lesões foram provocadas por espancamento e tiros.
Cândida permanece hospitalizada com fraturas na mandíbula, nariz e com traumatismo craniano. Na semana passada, Claudiomiro retornou ao hospital, mas já foi liberado.
Inquérito militar pode resultar na expulsão de soldado da BM
O casal foi perseguido até a frente da casa da família, onde, de acordo com a polícia, Claudiomiro levou um tiro em uma perna e coronhadas na cabeça, segundo o delegado Leonel Baldasso:
– Foi um caso de tortura evidente. Enquanto agredia o mecânico, o PM exigia que ele lhe entregasse a arma, inexistente.
Cândida teria entrado em casa e voltado à rua com uma garrucha antiga. Diante das agressões, teria fugido para os fundos, onde foi baleada duas vezes e também agredida, diz Baldasso:
– Os tiros partiram de cima para baixo. O policial assumiu o risco de matá-la, também sem defesa.
No entendimento do delegado, os dois policiais em serviço que foram acionados pelo soldado ao local teriam sido induzidos ao erro. Segundo ele, agiram supondo que prendiam um assaltante armado.
O soldado foi afastado das ruas e faz serviços administrativos. O inquérito policial-militar (IPM) ao qual ele e os dois PMs respondem está em andamento. Como estava de folga, se for considerado também passível de indiciamento no IPM, o soldado responderá à Justiça comum. Mas também poderá sofrer sanções administrativas, diante de um conselho de disciplina, que pode levá-lo à expulsão da corporação.
A Delegacia da Polícia Civil de Esteio encerrou ontem o inquérito que investigava supostas agressões policiais contra um casal na região central da cidade, no mês passado. O soldado Laison Vieira, 25 anos, que continua atuando no serviço de inteligência do 34º BPM, foi indiciado por tortura e tentativa de homicídio duplamente qualificado.
Outros dois PMs que participaram da ação não foram indiciados.
O PM alegou que, na noite de 24 de novembro, estava de folga e à paisana quando um casal tentou roubar seu carro, em uma sinaleira da Avenida Padre Claret. Frustrado o assalto, ele saiu em perseguição. Laison sustenta que o mecânico Claudiomiro da Silva, 35 anos, e sua mulher, Cândida Cristiana Mello, 33 anos, haviam se ferido por terem se jogado do carro em movimento. Mas os laudos periciais comprovaram que as lesões foram provocadas por espancamento e tiros.
Cândida permanece hospitalizada com fraturas na mandíbula, nariz e com traumatismo craniano. Na semana passada, Claudiomiro retornou ao hospital, mas já foi liberado.
Inquérito militar pode resultar na expulsão de soldado da BM
O casal foi perseguido até a frente da casa da família, onde, de acordo com a polícia, Claudiomiro levou um tiro em uma perna e coronhadas na cabeça, segundo o delegado Leonel Baldasso:
– Foi um caso de tortura evidente. Enquanto agredia o mecânico, o PM exigia que ele lhe entregasse a arma, inexistente.
Cândida teria entrado em casa e voltado à rua com uma garrucha antiga. Diante das agressões, teria fugido para os fundos, onde foi baleada duas vezes e também agredida, diz Baldasso:
– Os tiros partiram de cima para baixo. O policial assumiu o risco de matá-la, também sem defesa.
No entendimento do delegado, os dois policiais em serviço que foram acionados pelo soldado ao local teriam sido induzidos ao erro. Segundo ele, agiram supondo que prendiam um assaltante armado.
O soldado foi afastado das ruas e faz serviços administrativos. O inquérito policial-militar (IPM) ao qual ele e os dois PMs respondem está em andamento. Como estava de folga, se for considerado também passível de indiciamento no IPM, o soldado responderá à Justiça comum. Mas também poderá sofrer sanções administrativas, diante de um conselho de disciplina, que pode levá-lo à expulsão da corporação.
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