LETÍCIA COSTA
MORTE DE POLICIAL - Perícia deve definir arma usada no crime. Cápsula encontrada no local não é compatível com pistola entregue por sargento
A investigação sobre a morte do inspetor Marcos Kaefer, 43 anos, integrante da Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), depende da perícia para avançar. Para delegados da Polícia Civil ouvidos por Zero Hora, o autor do disparo acidental, um sargento da Brigada Militar (cujo nome as duas corporações não informam) teria fugido do local do crime para não ser preso em flagrante com uma arma de uso estrito.
Responsável pelo inquérito, o titular da 1ª Delegacia da Polícia Civil de Alvorada, delegado Maurício Barison Barcellos, não precipita uma conclusão antes do laudo pericial. No domingo, cerca de 14 horas depois da morte de Kaefer, o sargento se apresentou à delegacia e entregou uma pistola calibre .380, diferente do cartucho de munição 9 milímetros (de uso restrito), encontrado no local do crime.
– Não posso afirmar nada porque vai atrapalhar a investigação. Estamos tentando apurar se ele estava com a 9 milímetros ou não. Ele disse que não – fala Barcellos, que deve encaminhar hoje o cartucho à perícia.
O nome do sargento, que assumiu a autoria do tiro que atingiu as costas do policial civil Marcos Kaefer, chamado de Marquinhos pelos colegas, não foi divulgado pelas polícias Civil e Militar. O delegado informou, apenas, que o primeiro nome é Sandro. A BM disse que ele está de licença médica.
O consultor em segurança, Dempsey Magaldi, destaca:
– O 9 milímetros não cabe na pistola .380. Não entra nem como carregador, nem com o cano.
Conforme o consultor, o projetil da 9 milímetros é mais longo e tem mais massa que o da .380. No caso de Marquinhos, a bala não foi encontrada, pois transfixou o tórax da vítima. O delegado Barcellos reconhece a incompatibilidade dos calibres, mas reforça a necessidade da perícia para identificar a arma utilizada pelo sargento.
– Ele pode (o sargento) ter modificado a arma, alargado o cano, algo assim – afirma.
AS DIFERENÇAS - A munição da pistola 9 milímetros (esquerda), de uso restrito, é mais longa que a da .380. Além disso, tem mais velocidade e capacidade de penetração, podendo atravessar superfícies como o corpo humano. Com velocidade menor, a .380 normalmente é absorvida.
A investigação sobre a morte do inspetor Marcos Kaefer, 43 anos, integrante da Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), depende da perícia para avançar. Para delegados da Polícia Civil ouvidos por Zero Hora, o autor do disparo acidental, um sargento da Brigada Militar (cujo nome as duas corporações não informam) teria fugido do local do crime para não ser preso em flagrante com uma arma de uso estrito.
Responsável pelo inquérito, o titular da 1ª Delegacia da Polícia Civil de Alvorada, delegado Maurício Barison Barcellos, não precipita uma conclusão antes do laudo pericial. No domingo, cerca de 14 horas depois da morte de Kaefer, o sargento se apresentou à delegacia e entregou uma pistola calibre .380, diferente do cartucho de munição 9 milímetros (de uso restrito), encontrado no local do crime.
– Não posso afirmar nada porque vai atrapalhar a investigação. Estamos tentando apurar se ele estava com a 9 milímetros ou não. Ele disse que não – fala Barcellos, que deve encaminhar hoje o cartucho à perícia.
O nome do sargento, que assumiu a autoria do tiro que atingiu as costas do policial civil Marcos Kaefer, chamado de Marquinhos pelos colegas, não foi divulgado pelas polícias Civil e Militar. O delegado informou, apenas, que o primeiro nome é Sandro. A BM disse que ele está de licença médica.
O consultor em segurança, Dempsey Magaldi, destaca:
– O 9 milímetros não cabe na pistola .380. Não entra nem como carregador, nem com o cano.
Conforme o consultor, o projetil da 9 milímetros é mais longo e tem mais massa que o da .380. No caso de Marquinhos, a bala não foi encontrada, pois transfixou o tórax da vítima. O delegado Barcellos reconhece a incompatibilidade dos calibres, mas reforça a necessidade da perícia para identificar a arma utilizada pelo sargento.
– Ele pode (o sargento) ter modificado a arma, alargado o cano, algo assim – afirma.
AS DIFERENÇAS - A munição da pistola 9 milímetros (esquerda), de uso restrito, é mais longa que a da .380. Além disso, tem mais velocidade e capacidade de penetração, podendo atravessar superfícies como o corpo humano. Com velocidade menor, a .380 normalmente é absorvida.
ASSASSINATO DE INFORMANTE
Informante mobilizou agentes
Luciano Cardoso, 41 anos, conhecido como Bolinha, colaborava com as polícias Civil e Militar para denunciar os crimes na nova Vila Dique, zona leste de Porto Alegre. Na noite de sábado, por volta das 21h30min, ele foi assassinado na Avenida Bernardino Silveira de Amorim. A morte de Bolinha mobilizou integrantes das duas corporações.
– Só o fato de ele estar lá, no sábado à noite, verificando o homicídio de uma pessoa que colaborava com a polícia, mostra o quanto o Marquinhos era diligente e responsável – comenta o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Repressão ao Roubo de Veículo, que trabalhou por dois anos e meio com Marquinhos, na Delegacia de Homicídios.
Conforme o delegado João Paulo de Abreu, adjunto da 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa, responsável pelo caso da morte do informante, Bolinha portava uma arma de fogo não registrada quando foi morto e revidou a agressão, acertando Lucas Lemos Silva, 19 anos.
Baleado na perna, Silva deu entrada no hospital de Alvorada na madrugada de domingo. Policiais foram até o hospital, onde ocorreu o desentendimento com um familiar de Silva – e que resultou no tiro acidental. Reconhecido por testemunhas como o autor da morte de Bolinha, Silva foi preso em flagrante. Ele está internado no Hospital Cristo Redentor.
Luciano Cardoso, 41 anos, conhecido como Bolinha, colaborava com as polícias Civil e Militar para denunciar os crimes na nova Vila Dique, zona leste de Porto Alegre. Na noite de sábado, por volta das 21h30min, ele foi assassinado na Avenida Bernardino Silveira de Amorim. A morte de Bolinha mobilizou integrantes das duas corporações.
– Só o fato de ele estar lá, no sábado à noite, verificando o homicídio de uma pessoa que colaborava com a polícia, mostra o quanto o Marquinhos era diligente e responsável – comenta o delegado Juliano Ferreira, da Delegacia de Repressão ao Roubo de Veículo, que trabalhou por dois anos e meio com Marquinhos, na Delegacia de Homicídios.
Conforme o delegado João Paulo de Abreu, adjunto da 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa, responsável pelo caso da morte do informante, Bolinha portava uma arma de fogo não registrada quando foi morto e revidou a agressão, acertando Lucas Lemos Silva, 19 anos.
Baleado na perna, Silva deu entrada no hospital de Alvorada na madrugada de domingo. Policiais foram até o hospital, onde ocorreu o desentendimento com um familiar de Silva – e que resultou no tiro acidental. Reconhecido por testemunhas como o autor da morte de Bolinha, Silva foi preso em flagrante. Ele está internado no Hospital Cristo Redentor.
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