MISTÉRIO EM MORTE. Policial da reserva é assassinado a tiros. Sem testemunhas, execução é a principal hipótese para a morte de PM -
CAROLINA ROCHA
O policial militar da reserva Antônio Roberto da Rocha Laufer, 53 anos, despediu-se da família na noite de sexta-feira. Disse que daria uma volta e que retornaria em algumas horas, mas não retornou. Só na manhã de ontem, por meio de notícias da internet, familiares souberam que Laufer havia sido assassinado.
O crime aconteceu na Rua Santo Antônio, bairro Lomba do Pinheiro, zona leste de Porto Alegre. Conforme o delegado da Polícia Civil Lauro Santos, execução é a principal hipótese investigada. No bolso, ficaram três celulares, R$ 2,4 mil e a carteira com documentos. Em razão disso, a suspeita de que ele tenha sido vítima de latrocínio (roubo com morte) foi praticamente descartada.
Na região do crime, os moradores quase não falam sobre o assunto. Um deles lembrou ter ouvido disparos antes da meia-noite.
– Eu cheguei à porta de casa e deu tempo de ver um guri descer a rua correndo. Quando eu fui até a calçada do vizinho, ele (o policial) já estava morto. Não tinha mais o que fazer – contou o homem, que pediu para não ter o nome divulgado.
Com seis tiros – no queixo, no braço esquerdo e no peito – Laufer morreu na hora.
Um rapaz de 19 anos, flagrado no Beco da Taquara com um revólver calibre 32, chegou a ser detido e levado para a Área Judiciária durante a madrugada de domingo. No entanto, como não foi reconhecido, acabou autuado em flagrante por porte de arma. Exames residuográficos e periciais na munição e na arma poderão confirmar ou descartar o envolvimento dele.
Laufer trabalhou como soldado da Brigada Militar e estava na reserva havia mais de 10 anos. Era casado, tinha quatro filhos e morava na Lomba do Pinheiro. Atualmente não estava trabalhando.
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