Preferência por novos policiais é criticada por colegas veteranos
LEONARDO VIEIRA(
O GLOBO
Atualizado:16/09/13 - 13h35
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, que anunciou a chegada a Polícia Civil às áreas com UPPs Gustavo Miranda / Agência O Globo
RIO - A estratégia de instalar delegacias em comunidades pacificadas, anunciada pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, em entrevista a GLOBO, causou polêmica entre policiais civis. Há críticas, por exemplo, ao fato de a Secretaria de Segurança dar preferência aos novos policiais para o trabalho nas novas unidades. Segundo Beltrame, os recém-formados ainda estão "sem os vícios da guerra e da corrupção”.
Para o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol), Fernando Bandeira, a estratégia de instalar delegacias em comunides pacificadas é altamente positiva. No entanto, afirma ele, o governo do estado deveria destacar majoritariamente delegados e inspetores com experiência para essa nova função.
Bandeira informou que o sindicato tentará marcar ainda hoje uma reunião com Beltrame para expor suas propostas sobre as novas delegacias.
— Parabenizamos o secretário pela estratégia, mas achamos que o único equívoco é dar preferência aos policiais mais jovens nas novas delegacias. Quando ele (Beltrame) fala “sem os vícios da guerra e da corrupção", parece que os antigos policiais não têm prestígio — afirmou o presidente do sindicato.
Comissariado no lugar de DP
Outro ponto questionado pelos policiais descontentes é a necessidade de levar para as comunidades toda a estrutura de uma delegacia.
Para o comissário de polícia Marco Pedra, seria bem mais eficaz e econômico instalar comissariados nessas áreas — na prática, postos avançados de delegacias já existentes no asfalto.
— Construir toda uma estrutura da delegacia demandaria muito mais tempo, ao passo que um efetivo menor seria mais ágil e eficaz. Será que temos tantas ocorrências assim que não possam ser atendidas por um comissariado? — indaga ele.
Dizendo-se “favorável à política de Beltrame”, Pedra acrescenta que os registros de ocorrências e investigações também poderiam ser feitos apenas com um aparato “enxuto” de comissariado.
Atualizado:16/09/13 - 13h35
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, que anunciou a chegada a Polícia Civil às áreas com UPPs Gustavo Miranda / Agência O Globo
RIO - A estratégia de instalar delegacias em comunidades pacificadas, anunciada pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, em entrevista a GLOBO, causou polêmica entre policiais civis. Há críticas, por exemplo, ao fato de a Secretaria de Segurança dar preferência aos novos policiais para o trabalho nas novas unidades. Segundo Beltrame, os recém-formados ainda estão "sem os vícios da guerra e da corrupção”.
Para o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol), Fernando Bandeira, a estratégia de instalar delegacias em comunides pacificadas é altamente positiva. No entanto, afirma ele, o governo do estado deveria destacar majoritariamente delegados e inspetores com experiência para essa nova função.
Bandeira informou que o sindicato tentará marcar ainda hoje uma reunião com Beltrame para expor suas propostas sobre as novas delegacias.
— Parabenizamos o secretário pela estratégia, mas achamos que o único equívoco é dar preferência aos policiais mais jovens nas novas delegacias. Quando ele (Beltrame) fala “sem os vícios da guerra e da corrupção", parece que os antigos policiais não têm prestígio — afirmou o presidente do sindicato.
Comissariado no lugar de DP
Outro ponto questionado pelos policiais descontentes é a necessidade de levar para as comunidades toda a estrutura de uma delegacia.
Para o comissário de polícia Marco Pedra, seria bem mais eficaz e econômico instalar comissariados nessas áreas — na prática, postos avançados de delegacias já existentes no asfalto.
— Construir toda uma estrutura da delegacia demandaria muito mais tempo, ao passo que um efetivo menor seria mais ágil e eficaz. Será que temos tantas ocorrências assim que não possam ser atendidas por um comissariado? — indaga ele.
Dizendo-se “favorável à política de Beltrame”, Pedra acrescenta que os registros de ocorrências e investigações também poderiam ser feitos apenas com um aparato “enxuto” de comissariado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário