Interferências políticas atrapalharam operações Miqueias e Elementar da PFO esquema se aproxima de políticos ou de pessoas ligadas a áreas importantes dos governos local e federal, além de parlamentares do Congresso Nacional.
Mara Puljiz
Leandro Kleber
CORREIO BRAZILIENSE, 22/09/2013 08:02 Atualização:
A s operações Miquéias e Elementar, deflagradas pela Polícia Federal, são fruto de pelo menos três apurações iniciadas pela Polícia Civil do DF anos atrás. Os trabalhos, entretanto, não deslancharam em razão de inúmeras interferências políticas ou acabaram inviabilizadas graças a vazamentos de interceptações telefônicas dentro da corporação brasiliense.
Foram precisos sete anos para que o megaesquema pudesse ser revelado pela PF, que identificou empresas de fachadas, uso de laranjas para aberturas de contas bancárias e movimentações milionárias. Com os suspeitos, inclusive, a PF apreendeu vários veículos de luxo, entre eles, uma Ferrari e um Lamborghini Gallardo, avaliados em R$ 1,6 milhão cada.
A investigação promete ter mais de uma ramificação. Outros dois inquéritos correm na PF e começam a revelar supostos envolvimentos de políticos ou de pessoas ligadas a áreas sensíveis dos governos local e federal. Desde a última quinta-feira, houve 20 prisões. As investigações chegaram a parlamentares do Congresso Nacional e começa a se alastrar por outros órgãos da Esplanada.
Quadrilha desmantelada pela Polícia Federal tinha forte influência políticaCom recursos desviados, atos de corrupção e lavagem de dinheiro, os suspeitos de integrar a quadrilha levavam uma vida luxuosa.
Kelly Almeida
Ariadne Sakkis
Saulo Araújo
CORREIO BRAZILIENSE: 22/09/2013
Detido na quinta-feira, o doleiro Fayed Traboulsi (ao fundo) é acusado de usar delegados para atrapalhar investigações contra ele
Uma organização criminosa com ramificações e poder de influência na Presidência da República, no Congresso Nacional, na Polícia Civil do Distrito Federal e em prefeituras de cidades espalhadas por pelo menos nove unidades da Federação. Foi o que descortinaram as operações Elementar e Miquéias, conduzidas pela Polícia Federal e pelo Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (Ncoc) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
Com recursos desviados, atos de corrupção e lavagem de dinheiro, os suspeitos de integrar a quadrilha levavam uma vida luxuosa. A lista de crimes praticados é tão grande quanto rentável: R$ 300 milhões teriam sido movimentados apenas nos últimos 18 meses, quando a PF afunilou as investigações. Na última quinta-feira, 20 integrantes do grupo foram presos.
O megaesquema reuniu pessoas influentes de esferas administrativas. Na sexta-feira, a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República exonerou o assessor Idaílson José Vilas Boas Macedo. Lotado na subchefia de Assuntos Federativos, ele mantinha contato estreito com prefeitos de pelo menos duas cidades goianas. A PF flagrou telefonemas, que indicam negociações com políticos em nome da quadrilha.
Mara Puljiz
Leandro Kleber
CORREIO BRAZILIENSE, 22/09/2013 08:02 Atualização:
A s operações Miquéias e Elementar, deflagradas pela Polícia Federal, são fruto de pelo menos três apurações iniciadas pela Polícia Civil do DF anos atrás. Os trabalhos, entretanto, não deslancharam em razão de inúmeras interferências políticas ou acabaram inviabilizadas graças a vazamentos de interceptações telefônicas dentro da corporação brasiliense.
Foram precisos sete anos para que o megaesquema pudesse ser revelado pela PF, que identificou empresas de fachadas, uso de laranjas para aberturas de contas bancárias e movimentações milionárias. Com os suspeitos, inclusive, a PF apreendeu vários veículos de luxo, entre eles, uma Ferrari e um Lamborghini Gallardo, avaliados em R$ 1,6 milhão cada.
A investigação promete ter mais de uma ramificação. Outros dois inquéritos correm na PF e começam a revelar supostos envolvimentos de políticos ou de pessoas ligadas a áreas sensíveis dos governos local e federal. Desde a última quinta-feira, houve 20 prisões. As investigações chegaram a parlamentares do Congresso Nacional e começa a se alastrar por outros órgãos da Esplanada.
Quadrilha desmantelada pela Polícia Federal tinha forte influência políticaCom recursos desviados, atos de corrupção e lavagem de dinheiro, os suspeitos de integrar a quadrilha levavam uma vida luxuosa.
Kelly Almeida
Ariadne Sakkis
Saulo Araújo
CORREIO BRAZILIENSE: 22/09/2013
Detido na quinta-feira, o doleiro Fayed Traboulsi (ao fundo) é acusado de usar delegados para atrapalhar investigações contra ele
Uma organização criminosa com ramificações e poder de influência na Presidência da República, no Congresso Nacional, na Polícia Civil do Distrito Federal e em prefeituras de cidades espalhadas por pelo menos nove unidades da Federação. Foi o que descortinaram as operações Elementar e Miquéias, conduzidas pela Polícia Federal e pelo Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (Ncoc) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
Com recursos desviados, atos de corrupção e lavagem de dinheiro, os suspeitos de integrar a quadrilha levavam uma vida luxuosa. A lista de crimes praticados é tão grande quanto rentável: R$ 300 milhões teriam sido movimentados apenas nos últimos 18 meses, quando a PF afunilou as investigações. Na última quinta-feira, 20 integrantes do grupo foram presos.
O megaesquema reuniu pessoas influentes de esferas administrativas. Na sexta-feira, a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República exonerou o assessor Idaílson José Vilas Boas Macedo. Lotado na subchefia de Assuntos Federativos, ele mantinha contato estreito com prefeitos de pelo menos duas cidades goianas. A PF flagrou telefonemas, que indicam negociações com políticos em nome da quadrilha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário