O presidente da Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP), Ênio Roberto dos Reis, criticou a postura da Brigada Militar em relação aos bloqueios que ocorreram ontem em frente às garagens de ônibus, em Porto Alegre. Segundo ele, qualquer pessoa poderia impedir a circulação de ônibus na Capital pela omissão da corporação. "Algumas empresas estão com oito ou dez manifestantes em frente das garagens, e a Brigada Militar está ali. Nós pedimos para retirar o grupo para os ônibus saírem, e os PMs não fizeram nada", lamentou.
O responsável pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC), da Brigada Militar, coronel João Prates Godoy, rebateu as críticas dizendo que a repressão e o conflito com os manifestantes não é a melhor saída para resolver o problema. "Negociamos com as lideranças do movimento e aos poucos os ônibus foram sendo liberados", explicou. Destacou que os casos de depredação foram inexpressivos. De acordo com o oficial, a paralisação contou com a adesão de muitos trabalhadores das próprias empresas de transporte coletivo.
REFLEXÃO E PERGUNTA DE UM USUÁRIO DO BLOG:
REFLEXÃO: Como pode um número reduzido de pessoas interessadas no bloqueio dos ônibus junto as garagens das empresas, impedir a prestação de serviço público essencial que atende a demanda da população e criar um caos numa grande metrópole como Porto Alegre?
REFLEXÃO E PERGUNTA DE UM USUÁRIO DO BLOG:
REFLEXÃO: Como pode um número reduzido de pessoas interessadas no bloqueio dos ônibus junto as garagens das empresas, impedir a prestação de serviço público essencial que atende a demanda da população e criar um caos numa grande metrópole como Porto Alegre?
O Estado, representado pela força pública, está no local e observa a situação "negocia". Milhares de pessoas estão nas paradas, aguardando o ônibus que não chega e não chegará.
PERGUNTAS:
1 - Está correta a postura do Estado?
2 - Como se sentem as milhares de pessoas impedidas de se deslocarem para os seus afazeres, muitos de natureza urgente?
3 - E a ordem pública, como fica?
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - O grande problema no Brasil e por consequência nas unidades federativas é a perda da autoridade e das leis devido à forte ingerência político-partidária interessada mais em promover condescendência, assistencialismo e bondades, do que justiça, ordem pública, segurança pública e bem-estar da população. As forças policiais estão enfraquecidas, amedrontadas, amarradas, contidas, submissas e refém de uma justiça criminal permissiva e dos interesses partidários, ideológicos e individuais. A mediação se transforma numa alternativa para não se omitir, já que a contenção e resgate de direitos têm sido alvos de críticas, erros, punições e ameaças vindos da própria justiça criminal que, ao invés de coativa, prefere priorizar o direito particular do que aplicar a supremacia do interesse público. O resultado desta parcimônia e permissividade está na no modo do Estado enfrentar estas questões, agindo de forma negligente, descartando as leis e desprezando direitos do povo detentor dos mandatos, como a liberdade de ir e vir, o direito ao transporte público, e o direito de viver num país em paz social, justo, livre e solidário, conforme reza a Constituição da república Federativa do Brasil.
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