ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

sábado, 2 de março de 2013

MANTER A RENDA DE POLICIAIS FERIDOS EM AÇÃO


ZERO HORA 02 de março de 2013 | N° 17359

EFEITO COTIPORÃ. Governo pretende manter renda de policiais feridos. Projeto de abono evita queda nos vencimentos de servidores afastados


A dor de policiais afastados do serviço por ferimentos no enfrentamento à criminalidade tende a ser amenizada. Ao menos pelo aspecto financeiro, já que o governador Tarso Genro propôs um abono especial a servidores da segurança pública para compensar perdas. A medida foi tomada devido a um caso em Cotiporã, no final de 2012, no qual um soldado baleado por quadrilheiros teve de ficar sem trabalhar.

O policial em questão viu os rendimentos minguarem em 40%.

– Aquele episódio chamou atenção para um fato que acontece com os policiais – explica o chefe da Casa Civil do Piratini, Carlos Pestana.

O projeto de lei remetido na quinta-feira à Assembleia Legislativa prevê a manutenção de benefícios para os agentes impedidos de trabalhar por problemas de saúde em decorrência de lesões em serviço desde 1º de dezembro de 2012. A proposta do Piratini foi encaminhada em regime de urgência, o que deve garantir votação em 30 dias. Um projeto semelhante, da bancada do PMDB, já tramita e deve ser apreciado em conjunto.

Se as novas regras já valessem, 41 brigadianos e quatro policiais civis seriam beneficiados, conforme os comandos das duas corporações.

– Ao longo do tempo, não foi permitido que o servidor ferido em serviço e afastado por licença para tratamento de saúde tivesse mantida a sua condição financeira no momento em que, talvez, mais precisasse – afirma o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes.

Para o chefe da Polícia Civil, delegado Ranolfo Vieira Junior, trata-se de uma questão de Justiça. A iniciativa também é elogiada por representantes de associações de servidores, como Isaac Ortiz, do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil, e Leonel Lucas, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da BM.

– Gostaria que o benefício retroagisse mais do que dezembro de 2012. Pelos nossos cálculos, existem mais de cem casos em licença médica antes dessa data – argumenta Lucas.

Inspirador do projeto, o soldado caxiense ferido na maior operação policial de 2012 – na qual foi desarticulada uma quadrilha e mortos três ladrões que atacaram uma fábrica de joias em Cotiporã – diz estar satisfeito. Ele levou tiros na perna direita e na mão esquerda, cujos movimentos do pulso e dos dedos estão parcialmente paralisados.

A estimativa é de que possa recuperá-los em seis meses.

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