ZERO HORA 04 de março de 2013 | N° 17361
PMs atiram para deter suspeitos
Um homem morreu, em Canoas, e outro foi ferido, na Capital, em abordagens envolvendo policiais militares, entre a madrugada e a manhã de ontem. Nos dois casos, os suspeitos estavam dentro de veículos e teriam trocado tiros com os PMs.
Em Canoas, o furto de um Uno acabou na morte de Elton Renê Baldino, 44 anos, por volta das 7h30min. Segundo a Brigada Militar, Elton havia furtado o veículo. Ele teria tentado atropelar um PM, apontado uma arma para os policiais – mais tarde, se descobriu que era uma arma de pressão – e arrancado em alta velocidade. Um policial, então, efetuou três disparos contra o carro. Um deles atravessou a lataria e atingiu o homem.
Em outro caso, um homem não identificado foi baleado na cabeça por policiais, por volta da 1h20min, durante uma blitz na zona norte da Capital. Segundo os PMs, o homem dirigia uma caminhonete e teria atirado contra eles ao ser abordado. No veículo, foram encontrados uma pistola, maconha e cocaína. À tarde, o condutor estava em estado grave no Hospital Cristo Redentor.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
segunda-feira, 4 de março de 2013
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