COMBATE A HOMICÍDIOS
Para pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), incremento no efetivo resultaria em menos mortes
Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sugere que o aumento de prisões e de policiais nas ruas teria como resultado a redução de homicídios no país. Para a conclusão, os pesquisadores Adolfo Sachsida e Mario Jorge Cardoso de Mendonça cruzaram as taxas de homicídio e de prisões registradas em 2003 e 2009 com os efetivos das polícias Militar e Civil nas 27 unidades da federação nestes dois períodos.
Com a pesquisa, a dupla tentou avaliar o efeito de políticas de repressão sobre a taxa de homicídios na sociedade. Ações de combate ao crime foram divididas em duas: incapacitação dos criminosos e detenção das taxas. Em termos de políticas públicas, a incapacitação foi traduzida no estudo por uma maior taxa de encarceramento. Já a detenção pode ser compreendida como um aumento nas taxas de policiamento. Segundo o estudo, “de maneira geral, os resultados comprovam que prender mais bandidos e aumentar o policiamento são armas válidas para reduzir a taxa de homicídios, independentemente do que ocorra com outras variáveis socioeconômicas”.
Em linhas gerais, o estudo que avaliou a conjuntura nacional, não a questão pormenorizada dos Estados, apontou que o investimento na repressão policial poderia reduzir o impacto das mortes na economia.
Para sociólogo, estudo não seria “definitivo”
Conforme a pesquisa, “aumentar em 10% o número de presos (reduzindo assim a taxa de homicídios em aproximadamente 0,5%), implica uma economia, para o próximo ano, de quase R$ 90 milhões (economia obtida ao se evitar que pessoas sejam assassinadas). A pesquisa aponta ainda que “aumentar em 10% o efetivo policial (reduzindo assim a taxa de homicídios entre 0,8% e 3,4%), resulta numa economia anual entre R$ 141 milhões e R$ 602 milhões (economia obtida ao se evitar que pessoas sejam assassinadas)”.
– Entendemos que aumentar o efetivo tem impacto, sim, na redução das mortes. Mas a repressão precisa ser qualificada. Por isso foram ampliadas as delegacias de Homicídio. Isso aumentou o índice de solução de 20 para 75% em 11 meses – avalia o chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior.
A posição é compartilhada pelo comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes:
– A Brigada ganhou 2,5 mil novos PMs este ano, chegando aos 33 mil policiais. Mais 2,5 mil devem ser contratados até o final deste governo. Queremos aliar a tecnologia aos policiais nas ruas.
O estudo, porém, não pode ser encarado como definitivo. O período curto pesquisado limita generalizações. Conforme o doutor em Sociologia, Juan Mario Fandiño Mariño, a criminalidade urbana é fruto de uma dinâmica mais complexa que inclue fatores que transcendem os avaliados na pesquisa. Para Fandiño, novos estudos seriam necessários para extrapolar os dados para outros períodos de tempo:
– A contenção policial é uma das variáveis que menos tem efeito na redução de homicídios a longo prazo. Isso porque as quadrilhas podem esperar o melhor momento para agir.
Um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sugere que o aumento de prisões e de policiais nas ruas teria como resultado a redução de homicídios no país. Para a conclusão, os pesquisadores Adolfo Sachsida e Mario Jorge Cardoso de Mendonça cruzaram as taxas de homicídio e de prisões registradas em 2003 e 2009 com os efetivos das polícias Militar e Civil nas 27 unidades da federação nestes dois períodos.
Com a pesquisa, a dupla tentou avaliar o efeito de políticas de repressão sobre a taxa de homicídios na sociedade. Ações de combate ao crime foram divididas em duas: incapacitação dos criminosos e detenção das taxas. Em termos de políticas públicas, a incapacitação foi traduzida no estudo por uma maior taxa de encarceramento. Já a detenção pode ser compreendida como um aumento nas taxas de policiamento. Segundo o estudo, “de maneira geral, os resultados comprovam que prender mais bandidos e aumentar o policiamento são armas válidas para reduzir a taxa de homicídios, independentemente do que ocorra com outras variáveis socioeconômicas”.
Em linhas gerais, o estudo que avaliou a conjuntura nacional, não a questão pormenorizada dos Estados, apontou que o investimento na repressão policial poderia reduzir o impacto das mortes na economia.
Para sociólogo, estudo não seria “definitivo”
Conforme a pesquisa, “aumentar em 10% o número de presos (reduzindo assim a taxa de homicídios em aproximadamente 0,5%), implica uma economia, para o próximo ano, de quase R$ 90 milhões (economia obtida ao se evitar que pessoas sejam assassinadas). A pesquisa aponta ainda que “aumentar em 10% o efetivo policial (reduzindo assim a taxa de homicídios entre 0,8% e 3,4%), resulta numa economia anual entre R$ 141 milhões e R$ 602 milhões (economia obtida ao se evitar que pessoas sejam assassinadas)”.
– Entendemos que aumentar o efetivo tem impacto, sim, na redução das mortes. Mas a repressão precisa ser qualificada. Por isso foram ampliadas as delegacias de Homicídio. Isso aumentou o índice de solução de 20 para 75% em 11 meses – avalia o chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior.
A posição é compartilhada pelo comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes:
– A Brigada ganhou 2,5 mil novos PMs este ano, chegando aos 33 mil policiais. Mais 2,5 mil devem ser contratados até o final deste governo. Queremos aliar a tecnologia aos policiais nas ruas.
O estudo, porém, não pode ser encarado como definitivo. O período curto pesquisado limita generalizações. Conforme o doutor em Sociologia, Juan Mario Fandiño Mariño, a criminalidade urbana é fruto de uma dinâmica mais complexa que inclue fatores que transcendem os avaliados na pesquisa. Para Fandiño, novos estudos seriam necessários para extrapolar os dados para outros períodos de tempo:
– A contenção policial é uma das variáveis que menos tem efeito na redução de homicídios a longo prazo. Isso porque as quadrilhas podem esperar o melhor momento para agir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário