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Alberto Afonso Landa Camargo
- A propósito da polêmica em São Paulo sobre o transporte de feridos pela PM, o secretário de segurança disse agora que nunca proibiu policiais de fazerem o transporte e que os casos em que estes transportes não foram feitos pelos PMs estão sendo investigados. Quase aos gritos disse mais ou menos que "em nenhum lugar da norma está escrita a palavra 'proibido'". Ou seja, vai sobrar para os mesmos de sempre e o responsável verdadeiro vai continuar lépido e faceiro dando ordens arbitrárias e depois dizendo que não as deu...
- Também em São Paulo, uma criança de um mês de vida que nasceu com problemas cardíacos foi internada num hospital do interior do Estado. O caso era de cirurgia e o hospital não tinha condições de fazê-la, necessitando a paciente ser levada para a capital onde havia recursos. Sem transporte aéreo, a família ingressou na justiça e teve medida liminar favorável determinando que o Estado fizesse o transporte por helicóptero. Como não foi cumprida a medida, a justiça expediu mais duas ordens para que o transporte fosse feito. Diante da demora, a criança acabou morrendo.
A repórter que noticiou o fato disse que o HELICÓPTERO DA POLÍCIA MILITAR não foi disponibilizado para cumprir as ordens judiciais. Ou seja, a culpa acabou caindo, como sempre na Polícia Militar.
O Estado, ou a própria PM não lembro, informou que a criança precisava de uso constante de soro e de respirador artificial, coisas de que não são dotados os helicópteros da PM. O hospital alegou que não tem equipamentos para fazer a cirurgia, precisando a criança ser removida para outro hospital.
Uma inversão de valores, pois é o hospital, entidade voltada à saúde, que tem que ter equipamentos para fazer cirurgias e não o helicóptero da PM, entidade voltada à segurança pública, que tem que ter soro e respirador artificial. Ademais, por que não foi feito o transporte em uma ambulância equipada com tais dispositivos?
MAS A POLÍCIA MILITAR É A CULPADA!
Desculpem, mas a "cosa" está cansando...
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