ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

POLICIAIS CIVIS DO DF EM GREVE PELO NÍVEL SUPERIOR

 

DIÁRIO GAÚCHO 21/10/2014 | 13h45


Policiais civis paralisam atividades, mas mantêm serviços essenciais. Paralisação será de 48 horas e busca o reconhecimento do nível superior para todos os cargos da categoria




A Polícia Civil do Distrito Federal (DF) começou às 8h desta terça-feira uma paralisação de 48 horas para reivindicar o reconhecimento do nível superior para todos os cargos da categoria. No entanto, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), os serviços essenciais à população serão garantidos, priorizando as prisões em flagrantes e ocorrências graves, conforme a Cartilha de Greve.

O vice-presidente do Sinpol, Renato Rincon, explica que o movimento pede o cumprimento da pauta conquistada no último movimento grevista, em outubro de 2012, como o reconhecimento das atividades dos policiais civis como de nível superior. Eles também pedem a ampliação do quadro de servidores e a nomeação dos aprovados no último concurso público do órgão, realizado em 2013.

A lei federal nº 9.264, de 1996, prevê seis cargos para a carreira: perito criminal, perito médico-legista, agente de polícia, escrivão, papiloscopista policial e agente penitenciário.

Leia as últimas notícias de Zero Hora

— Ela (a lei) dá como requisito de ingresso o diploma de nível superior, nossas atribuições e atividades requerem esse nível, mas não são reconhecidas como tal. Queremos isso discriminado no Artigo 3º da lei — explicou Rincon.

O sindicato ainda realizará na tarde desta terça-feira uma mobilização em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para pressionar o governo federal para que o projeto de lei que regulamenta os cargos tramite em regime de urgência no Congresso Nacional.

A presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso Nacional um Projeto de Lei que altera a lei de 1996, para transformar os cargos em nível superior. O Sinpol, entretanto, diz que não teve acesso ao texto do projeto e nem confirmação de recebimento no Congresso.

Em nota, o governo do Distrito Federal disse que está empenhado para que a carreira de policial civil seja reconhecida como de nível superior.

Sobre o efetivo, o Governo do Distrito Federal diz que "realizou todo esforço, dentro das possibilidades orçamentárias, para recompor o quadro de pessoal da corporação. Após publicação de resultados dos concursos públicos vem nomeando gradativamente os concursados. Foram 639 contratações somente entre agentes e escrivães de polícia, além das vagas previstas no edital. Novas nomeações foram condicionadas à disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros, que vem sendo realizada conforme cronograma da Polícia Civil", diz a nota.

Segundo o Sinpol, como a greve é por tempo determinado, não atrapalhará o segundo turno das eleições e os policiais trabalharão normalmente no domingo.

* Agência Brasil


Nenhum comentário:

Postar um comentário