JORNAL EXTRA 01/06/14 06:00
PMs que usaram trem para reprimir protesto também ficaram sem água no batalhão
Rafael Soares
PMs que usaram trem para reprimir protesto também ficaram sem água no batalhão
Rafael Soares
Policiais militares lotam vagão de trem Foto: Foto do leitor / Via WhatsApp
Na semana em que tiveram que se deslocar de Realengo até a Central de trem, policiais do Batalhão de Campanha da PM — criado provisoriamente para atender demandas relativas à Copa do Mundo — enfrentaram a falta de estrutura da corporação. Segundo policiais da 5ª Companhia denunciaram ao WhatsApp do EXTRA (99809-9952 ou 99644-1263), há 12 dias, o alojamento do Centro Formação e Aprimoramento de Praças (Cfap), que abriga os policiais, teve o abastecimento de água interrompido.
Durante a tarde de ontem, uma equipe da Cedae esteve no local e constatou que se tratava de um “problema interno do sistema do Batalhão, que já foi solucionado”. Segundo a PM, “a quantidade de água foi redimensionada para atender um número maior de pessoas”. PMs lotados no batalhão afirmaram que não conseguiam tomar banho no local há duas semanas. Na última sexta-feira, os militares usaram o trem para chegar a um protesto na Av. Presidente Vargas. De acordo com os PMs, a locomoção por transporte público aconteceu porque a corporação não tinha viaturas suficientes. A PM assegura que o procedimento é normal.
Segundo os policiais, apenas um ônibus, em várias viagens de ida e volta, foi usado para levá-los do CFAP, em Sulacap, até a estação de trem de Deodoro. De lá até a Central do Brasil, na média repassada pela SuperVia, um trajeto de 40 minutos, em vagões repletos de PMs — muitos deles obrigados a se manter de pé.
— Não deram nenhuma explicação oficial, só falaram que seria assim e pronto. Tem até oficial indo junto com a gente — contou um policial, no momento em que aguardava na plataforma, ao lado de outros colegas de farda, a chegada de um trem.
O mesmo PM, que pediu anonimato por medo de sofrer represálias, contou que o transporte da tropa teve início por volta das 15h. Às 18h, quando ocorreu a conversa por telefone com o EXTRA, ainda havia policiais embarcando. Nas contas dele, pelo menos 300 homens locomoveram-se desta maneira.
— Normalmente, uma tropa deste tamanho seria levada de ônibus, no veículo da corporação. Nunca precisei pegar trem para trabalhar, até agora não entendemos o que aconteceu — afirmou o PM, acrescentando: — Mas não tem jeito, né. Se mandam, a gente tem que obedecer sem reclamar.
Na semana em que tiveram que se deslocar de Realengo até a Central de trem, policiais do Batalhão de Campanha da PM — criado provisoriamente para atender demandas relativas à Copa do Mundo — enfrentaram a falta de estrutura da corporação. Segundo policiais da 5ª Companhia denunciaram ao WhatsApp do EXTRA (99809-9952 ou 99644-1263), há 12 dias, o alojamento do Centro Formação e Aprimoramento de Praças (Cfap), que abriga os policiais, teve o abastecimento de água interrompido.
Durante a tarde de ontem, uma equipe da Cedae esteve no local e constatou que se tratava de um “problema interno do sistema do Batalhão, que já foi solucionado”. Segundo a PM, “a quantidade de água foi redimensionada para atender um número maior de pessoas”. PMs lotados no batalhão afirmaram que não conseguiam tomar banho no local há duas semanas. Na última sexta-feira, os militares usaram o trem para chegar a um protesto na Av. Presidente Vargas. De acordo com os PMs, a locomoção por transporte público aconteceu porque a corporação não tinha viaturas suficientes. A PM assegura que o procedimento é normal.
Segundo os policiais, apenas um ônibus, em várias viagens de ida e volta, foi usado para levá-los do CFAP, em Sulacap, até a estação de trem de Deodoro. De lá até a Central do Brasil, na média repassada pela SuperVia, um trajeto de 40 minutos, em vagões repletos de PMs — muitos deles obrigados a se manter de pé.
— Não deram nenhuma explicação oficial, só falaram que seria assim e pronto. Tem até oficial indo junto com a gente — contou um policial, no momento em que aguardava na plataforma, ao lado de outros colegas de farda, a chegada de um trem.
O mesmo PM, que pediu anonimato por medo de sofrer represálias, contou que o transporte da tropa teve início por volta das 15h. Às 18h, quando ocorreu a conversa por telefone com o EXTRA, ainda havia policiais embarcando. Nas contas dele, pelo menos 300 homens locomoveram-se desta maneira.
— Normalmente, uma tropa deste tamanho seria levada de ônibus, no veículo da corporação. Nunca precisei pegar trem para trabalhar, até agora não entendemos o que aconteceu — afirmou o PM, acrescentando: — Mas não tem jeito, né. Se mandam, a gente tem que obedecer sem reclamar.
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