DIÁRIO GAÚCHO 07/01/2015 | 14h38
Corte de horas extras pode retirar PMs das ruas em Porto Alegre. Batalhão recomenda corte de horas extras de PMs em Porto Alegre
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Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Renato Gava
Depois que o governo do Estado anunciou uma série de cortes de despesas, batalhões da Brigada Militar da Capital preparam-se para cortar as horas extras dos policiais militares. Com defasagem de pelo menos 16 mil servidores, a Brigada concede a policiais a possibilidade de trabalhar até 42 horas a mais por mês. Se o sistema for cancelado, estima-se que haverá redução de cerca de 10% da quantidade de brigadianos nas ruas - os responsáveis pelos serviços internos não têm direito a fazer hora extra.
– Com certeza, o prejuízo da população será muito grande. A maioria dos policiais só está nas ruas porque faz horas extras. Eu diria que uns 80% se usam disso. Se cortarem, vai ficar muito visível – analisa o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar, Leonel Lucas.
Dinheiro por folga
Comandante da Brigada Militar, o coronel Alfeu Freitas tem reunião marcada para hoje à tarde com o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, para tratar da questão. A primeira ideia é viabilizar a entrada de 2 mil candidatos que passaram em concurso no ano passado para ingressar na BM, porém tiveram o engajamento cancelado por contenção de verba.
O Diário Gaúcho conseguiu a cópia de um memorando emitido por um dos batalhões de Porto Alegre, no qual o comando avisa as companhias de que "não há horas extras disponíveis para o mês de janeiro para todas as companhias e seções, devido à troca de governo e ajustes de contas do Estado". O documento pede que as horas extras já programadas sejam transformadas em horas ordinárias - dessa forma, os brigadianos receberiam, posteriormente, folga para compensar horas trabalhadas a mais. Pela lei, a carga de trabalho dos policiais militares é de 171 horas por mês.
Comando não confirma o corte
Em dezembro, cada um dos seis batalhões da Capital teve direito a conceder 2 mil horas extras a seus policiais – a grande maioria, soldados e sargentos, que recebem, respectivamente, R$ 17 e R$ 25 por hora excedida.
A redação tentou contato há pouco com o coronel Alfeu Freitas, que está reunido com a cúpula da Brigada. Embora seja previsto pelos batalhões, o corte não foi confirmado pelo comando geral.
Corte de horas extras pode retirar PMs das ruas em Porto Alegre. Batalhão recomenda corte de horas extras de PMs em Porto Alegre
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Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Renato Gava
Depois que o governo do Estado anunciou uma série de cortes de despesas, batalhões da Brigada Militar da Capital preparam-se para cortar as horas extras dos policiais militares. Com defasagem de pelo menos 16 mil servidores, a Brigada concede a policiais a possibilidade de trabalhar até 42 horas a mais por mês. Se o sistema for cancelado, estima-se que haverá redução de cerca de 10% da quantidade de brigadianos nas ruas - os responsáveis pelos serviços internos não têm direito a fazer hora extra.
– Com certeza, o prejuízo da população será muito grande. A maioria dos policiais só está nas ruas porque faz horas extras. Eu diria que uns 80% se usam disso. Se cortarem, vai ficar muito visível – analisa o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar, Leonel Lucas.
Dinheiro por folga
Comandante da Brigada Militar, o coronel Alfeu Freitas tem reunião marcada para hoje à tarde com o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, para tratar da questão. A primeira ideia é viabilizar a entrada de 2 mil candidatos que passaram em concurso no ano passado para ingressar na BM, porém tiveram o engajamento cancelado por contenção de verba.
O Diário Gaúcho conseguiu a cópia de um memorando emitido por um dos batalhões de Porto Alegre, no qual o comando avisa as companhias de que "não há horas extras disponíveis para o mês de janeiro para todas as companhias e seções, devido à troca de governo e ajustes de contas do Estado". O documento pede que as horas extras já programadas sejam transformadas em horas ordinárias - dessa forma, os brigadianos receberiam, posteriormente, folga para compensar horas trabalhadas a mais. Pela lei, a carga de trabalho dos policiais militares é de 171 horas por mês.
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Comando não confirma o corte
Em dezembro, cada um dos seis batalhões da Capital teve direito a conceder 2 mil horas extras a seus policiais – a grande maioria, soldados e sargentos, que recebem, respectivamente, R$ 17 e R$ 25 por hora excedida.
A redação tentou contato há pouco com o coronel Alfeu Freitas, que está reunido com a cúpula da Brigada. Embora seja previsto pelos batalhões, o corte não foi confirmado pelo comando geral.
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