ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

CORTES DE HORAS EXTRAS PODEM RETIRAR PMS DAS RUAS DE POA

DIÁRIO GAÚCHO 07/01/2015 | 14h38

Corte de horas extras pode retirar PMs das ruas em Porto Alegre. Batalhão recomenda corte de horas extras de PMs em Porto Alegre



Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Renato Gava



Depois que o governo do Estado anunciou uma série de cortes de despesas, batalhões da Brigada Militar da Capital preparam-se para cortar as horas extras dos policiais militares. Com defasagem de pelo menos 16 mil servidores, a Brigada concede a policiais a possibilidade de trabalhar até 42 horas a mais por mês. Se o sistema for cancelado, estima-se que haverá redução de cerca de 10% da quantidade de brigadianos nas ruas - os responsáveis pelos serviços internos não têm direito a fazer hora extra.

– Com certeza, o prejuízo da população será muito grande. A maioria dos policiais só está nas ruas porque faz horas extras. Eu diria que uns 80% se usam disso. Se cortarem, vai ficar muito visível – analisa o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar, Leonel Lucas.

Dinheiro por folga



Comandante da Brigada Militar, o coronel Alfeu Freitas tem reunião marcada para hoje à tarde com o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, para tratar da questão. A primeira ideia é viabilizar a entrada de 2 mil candidatos que passaram em concurso no ano passado para ingressar na BM, porém tiveram o engajamento cancelado por contenção de verba.

O Diário Gaúcho conseguiu a cópia de um memorando emitido por um dos batalhões de Porto Alegre, no qual o comando avisa as companhias de que "não há horas extras disponíveis para o mês de janeiro para todas as companhias e seções, devido à troca de governo e ajustes de contas do Estado". O documento pede que as horas extras já programadas sejam transformadas em horas ordinárias - dessa forma, os brigadianos receberiam, posteriormente, folga para compensar horas trabalhadas a mais. Pela lei, a carga de trabalho dos policiais militares é de 171 horas por mês.



Comando não confirma o corte


Em dezembro, cada um dos seis batalhões da Capital teve direito a conceder 2 mil horas extras a seus policiais – a grande maioria, soldados e sargentos, que recebem, respectivamente, R$ 17 e R$ 25 por hora excedida.

A redação tentou contato há pouco com o coronel Alfeu Freitas, que está reunido com a cúpula da Brigada. Embora seja previsto pelos batalhões, o corte não foi confirmado pelo comando geral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário