ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

TIROS CONTRA CASAS DE POLICIAIS



ZERO HORA 29 de setembro de 2014 | N° 17937

DIOGO VARGAS


SANTA CATARINA. Fogo em ônibus e tiros contra casas de policiais. POLÍCIAS E GOVERNO investigam facções criminosas e disputas de poder para identificar os responsáveis pela violência na Grande Florianópolis



Os setores de inteligência das polícias Civil e Militar buscam identificar os responsáveis pela onda de atentados na Grande Florianópolis. Facções criminosas podem estar mais uma vez por trás da violência registrada entre sexta- feira e domingo, com três ônibus incendiados na se e tiros contra casas de policiais e uma guarita da Polícia Civil. A linha mais forte de investigação identifica uma nova ordem de ataques a mando da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC) por motivos que podem ser vingança contra ações policiais nas ruas, principalmente por mortes de criminosos em confrontos.

O desafio das polícias é identificar a origem da ordem de comando dos atentados. O PGC mantém lideranças em vários presídios catarinenses, mas os 30 principais líderes da facção encontram-se em presídios federais. Os setores de inteligência não descartam até mesmo que os episódios nas ruas sejam uma guerra de forças entre bandidos do PGC e criminosos da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, que busca se instalar e chefiar negócios ilícitos como o tráfico de drogas em Santa Catarina.

Em entrevista coletiva, o governador em exercício, Nelson Schaefer Martins, presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, declarou que as facções estão sendo investigadas e que a missão se concentra em identificar a origem e o comando das ordens. O objetivo é sufocar o movimento criminoso o mais rápido possível, inclusive cumprindo ordens de prisão dos suspeitos identificados. O secretário da Segurança, César Grubba, lembrou que uma das linhas de investigação é que os atentados sejam vingança à morte de Cesar Machado, 33 anos, após confronto com PMs do 7º Batalhão, às 3h40min de ontem, no bairro Serraria, em São José. Machado tinha antecedentes criminais e era um dos suspeitos de ataques ocorridos na sexta-feira. O comparsa dele, Tiago Maciel, 19, foi baleado e está hospitalizado.


OFENSIVA
-Os ataques são considerados pelas polícias e pelo governo como a 4ª série de atentados em Santa Catarina desde novembro de 2012.
-Por volta das 23h de sexta-feira, dois ônibus foram incendiados em Palhoça e em São José, na Grande Florianópolis.
-As ofensivas criminosas se intensificaram na madrugada de ontem. O primeiro ataque foi à 1h, em Palhoça. Dois homens em uma motocicleta atiraram um coquetel molotov na bomba de combustível do posto Cambirela.
-Às 2h40min, a casa de um policial militar em São José foi atingida por três disparos. Cinco minutos depois, a guarita do depósito da polícia foi atingida por três disparos. Às 3h15min, houve novo ataque. Dois homens atiraram quatro vezes contra a casa de um PM. O carro do agente foi atingido por três tiros.

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