DIÁRIO GAÚCHO 24/09/2014 | 20h16
Justiça denuncia seis brigadianos e um comparsa por tortura em Jaguarão. Segundo MP, policiais torturaram cinco vítimas para que informassem quem tinha sido o responsável por furto a residência de PMs
A Promotoria de Justiça de Jaguarão denunciou seis policiais militares e um comparsa por tortura e coação nesta quarta-feira. Um dos brigadianos ainda é acusado de posse ilegal de um revólver calibre 38.
De acordo com nota do Ministério Público, os policiais militares Rodrigo de Freitas Neumann, Edison Fernandes Pinto, Everton Radde da Silva, Julio Cesar Souza Vieira, Osni Silva Freitas e Iara Luiza Vitória, com ajuda do comparsa Fabiano Miranda Caetano, torturaram cinco vítimas, uma delas menor de 18 anos, no dia 7 de setembro, para que informassem quem tinha sido o responsável pelo furto à residência dos PMs Julio Cesar e Osni Freitas.
Osni e Fabiano também foram denunciados por coação no curso do processo. Segundo o MP, eles ameaçaram, por telefone, que iriam matar as vítimas após a Promotoria ter sido informada da situação.
Os PMs estavam detidos no quartel da Brigada Militar em Jaguarão e foram transferidos, na semana passada, para o Presídio Militar, em Porto Alegre.
— A Brigada Militar instaurou um inquérito policial militar para investigar se houve eventuais crimes militares, como lesão corporal e constrangimento — informou, por telefone, o coronel Jairo de Oliveira Martins, corregedor da Brigada Militar.
Como foi o caso, de acordo com nota do Ministério Público:
"Na noite de 6 de setembro, Osni Freitas e Julio Cesar Vieira tiveram suas residências furtadas. Eles avisaram os colegas Rodrigo de Freitas Neumann, Edison Fernandes Pinto e Everton Radde da Silva, que estavam de serviço naquela noite, sobre o ocorrido. Já na madrugada de 7 de setembro, os Policiais, junto com Iara Luiza Vitória, que não estava trabalhando, foram até as casas das cinco vítimas, uma a uma. A cada invasão de residência, o grupo algemou suspeitos dos furtos e agrediu as vítimas com chutes e socos para depois colocá-los dentro da viatura. Em seguida se encaminharam para a chácara de propriedade de Julio Cesar, na localidade da Santinha, interior de Jaguarão.
Na chácara, cada um dos sequestrados foi novamente agredido, com a participação adicional de Osni, Julio Cesar e Fabiano Caetano, desta vez com golpes de madeira e rebenque. Eles também foram asfixiados com um saco plástico na cabeça. Um dos suspeitos do furto foi colocado nu e algemado dentro do porta-malas da viatura e levado para outro local, onde foi novamente agredido, até voltar para a chácara.
Osni e Iara ainda são acusados de abuso de autoridade, porque obrigaram uma sexta vítima, ao tentar buscar a motocicleta furtada de Osni, a entrar em uma viatura. Eles o agrediram com coronhadas – um dos policiais colocou o cano do revólver na boca dele e o ameaçou de morte. Eles ainda forjaram o flagrante, invadindo, sem mandado judicial, a residência de um dos suspeitos e apreendendo objetos que foram furtados dos PMs, o que invalidou a prova para a manutenção da prisão dos suspeitos dos furtos."
Justiça denuncia seis brigadianos e um comparsa por tortura em Jaguarão. Segundo MP, policiais torturaram cinco vítimas para que informassem quem tinha sido o responsável por furto a residência de PMs
A Promotoria de Justiça de Jaguarão denunciou seis policiais militares e um comparsa por tortura e coação nesta quarta-feira. Um dos brigadianos ainda é acusado de posse ilegal de um revólver calibre 38.
De acordo com nota do Ministério Público, os policiais militares Rodrigo de Freitas Neumann, Edison Fernandes Pinto, Everton Radde da Silva, Julio Cesar Souza Vieira, Osni Silva Freitas e Iara Luiza Vitória, com ajuda do comparsa Fabiano Miranda Caetano, torturaram cinco vítimas, uma delas menor de 18 anos, no dia 7 de setembro, para que informassem quem tinha sido o responsável pelo furto à residência dos PMs Julio Cesar e Osni Freitas.
Osni e Fabiano também foram denunciados por coação no curso do processo. Segundo o MP, eles ameaçaram, por telefone, que iriam matar as vítimas após a Promotoria ter sido informada da situação.
Os PMs estavam detidos no quartel da Brigada Militar em Jaguarão e foram transferidos, na semana passada, para o Presídio Militar, em Porto Alegre.
— A Brigada Militar instaurou um inquérito policial militar para investigar se houve eventuais crimes militares, como lesão corporal e constrangimento — informou, por telefone, o coronel Jairo de Oliveira Martins, corregedor da Brigada Militar.
Como foi o caso, de acordo com nota do Ministério Público:
"Na noite de 6 de setembro, Osni Freitas e Julio Cesar Vieira tiveram suas residências furtadas. Eles avisaram os colegas Rodrigo de Freitas Neumann, Edison Fernandes Pinto e Everton Radde da Silva, que estavam de serviço naquela noite, sobre o ocorrido. Já na madrugada de 7 de setembro, os Policiais, junto com Iara Luiza Vitória, que não estava trabalhando, foram até as casas das cinco vítimas, uma a uma. A cada invasão de residência, o grupo algemou suspeitos dos furtos e agrediu as vítimas com chutes e socos para depois colocá-los dentro da viatura. Em seguida se encaminharam para a chácara de propriedade de Julio Cesar, na localidade da Santinha, interior de Jaguarão.
Na chácara, cada um dos sequestrados foi novamente agredido, com a participação adicional de Osni, Julio Cesar e Fabiano Caetano, desta vez com golpes de madeira e rebenque. Eles também foram asfixiados com um saco plástico na cabeça. Um dos suspeitos do furto foi colocado nu e algemado dentro do porta-malas da viatura e levado para outro local, onde foi novamente agredido, até voltar para a chácara.
Osni e Iara ainda são acusados de abuso de autoridade, porque obrigaram uma sexta vítima, ao tentar buscar a motocicleta furtada de Osni, a entrar em uma viatura. Eles o agrediram com coronhadas – um dos policiais colocou o cano do revólver na boca dele e o ameaçou de morte. Eles ainda forjaram o flagrante, invadindo, sem mandado judicial, a residência de um dos suspeitos e apreendendo objetos que foram furtados dos PMs, o que invalidou a prova para a manutenção da prisão dos suspeitos dos furtos."
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