ATAQUE A BANCO
O trunfo que deteve assaltantes. Poder de fogo do grupo de ações táticas da BM foi decisivo para conter bandidos que explodiram agência em Arroio dos Ratos.
A ação da Brigada Militar que frustrou no sábado um assalto a banco em Arroio dos Ratos, na Região Carbonífera, contou com o serviço de inteligência e a mobilidade da corporação – mas também se valeu de um lance decisivo de sorte.
Os quatro suspeitos em fuga haviam superado duas barreiras policiais até toparem com oito homens do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) fortemente armados que se encontravam nas proximidades devido à revolta em uma penitenciária. Segundo o comando da BM, o episódio ilustra a importância de aumentar o poder de fogo de um maior número de guarnições.
Até a noite de ontem, conforme o diretor interino do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Eduardo de Oliveira Cesar, três dos quatro homens mortos durante o confronto haviam sido identificados: Ulisses Leonardo Weyh, 36 anos, Carlito Eufrásio Corrêa, 41 anos, e Valdoir da Silva Martins, 48 anos. Com eles foram encontrados dois fuzis, duas espingardas e três pistolas. Logo após explodirem e roubarem a agência do Banco do Brasil no centro da cidade, por volta das 2h30min, usaram o alto poder de fogo para superar duas das três barreiras montadas pela BM. No percurso, deixaram um policial baleado no quadril e outro de raspão.
– O êxito ocorreu graças à rapidez com que o Gate chegou ao local – afirma o subcomandante da BM, coronel Silanus Mello.
O comando não detalha o tipo de armamento usado por razões de segurança, mas a tropa de elite da Brigada conseguiu igualar o poder de fogo dos bandidos por também usar fuzis. Aí prevaleceu o treinamento tático e de tiro de precisão que caracteriza a unidade.
– Temos de usar inteligência e mobilidade. Mas, se os delinquentes vierem para o confronto, temos de revidar à altura – afirma Mello.
Conforme o delegado Joel Wagner, Corrêa cumpria pena no semiaberto por envolvimento com roubo de cargas, e Weyh já vinha sendo investigado por ter participação com outras quadrilhas de ataque a banco. Ele teria experiência no manejo de explosivos. A Polícia Civil ainda investiga se essa quadrilha tinha relação com o bando que atacou um banco em São Vendelino, na Serra, na mesma noite, e com o grupo que levou pavor a Cotiporã, no final do ano, ao explodir uma fábrica de joias e fazer reféns.
MARCELO GONZATTO
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