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sábado, 16 de fevereiro de 2013

FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA

DIÁRIO CATARINENSE 16/02/2013 | 00h01

Quem é o Diretor da Força Nacional de Segurança, que coordena ao lado do Estado a estratégia para conter atentados. Aragon tem curso na Swat e estudou técnicas de combate ao terrorismo nos EUA


Aragon passou os últimos dias desenhando as ações que serão executadas pela tropa de elite sob seu comando. Foto: Alessandra Andrade / Força Nacional,divulgação 

Carolina Bahia e Guilherme Mazui


Um dos policiais militares mais experientes do país, especializado em combate ao terrorismo, coordena em parceria com o governo do Estado, na figura do comandante da PM de SC, coronel Nazareno Marcineiro, a estratégia para conter a onda de ataques que amedronta os catarinenses e o Brasil, pela segunda vez em três meses. Diretor da Força Nacional de Segurança, que desembarcou nesta sexta-feira em Florianópolis, Alexandre Aragon passou os últimos dias desenhando as ações que serão executadas pela tropa de elite sob seu comando.

Após o governador Raimundo Colombo formalizar o pedido de ajuda ao governo federal, Aragon reuniu seus homens nos escritórios do Ministério da Justiça, em Brasília, para tratar da operação, afinada na tarde desta sexta-feira com as autoridades responsáveis pela Segurança Pública catarinense, que chefiará a missão.

Tenente-coronel da polícia militar gaúcha, Aragon é reconhecido dentro da Força Nacional por sua experiência. Foi um dos responsáveis pelo treinamento da primeira turma formada para integrar a tropa federal, criada em 2004 com a finalidade de socorrer estados em momentos de crise na segurança, como é o caso de Santa Catarina hoje.

Aluno do Colégio Militar de Porto Alegre, Aragon fez carreira na polícia militar do Rio Grande do Sul, integrando o Batalhão de Operações Especiais de Porto Alegre. Nos anos 90, foi para a Flórida, nos Estados Unidos, onde realizou curso de operações na Swat, elite da polícia americana empregada em ações emergenciais e de alto risco. Mais tarde, estudou técnicas de combate ao terrorismo na Escola de Pós-Graduação da Marinha americana, na Califórnia.

— É um policial militar altamente capacitado e experiente — observa um antigo colega.

Nesta sexta-feira pela manhã, Aragon acompanhou em Brasília a movimentação do comboio que partiu em direção a Santa Catarina em uma aeronave Hércules C130, da Força Área Brasileira (FAB). Como diretor da Força Nacional, ele supervisiona um banco que conta com 18 mil profissionais da segurança, sendo que atualmente 1,3 mil deles trabalham em operações espalhadas pelo país.

No caso da missão catarinense, o Ministério da Justiça designou uma tropa de pronto-emprego mantida em Brasília para atender emergências, reforçada por homens do Rio Grande do Sul e do Paraná. Por questões estratégicas, o contingente empregado não foi divulgado — informações extraoficiais indicam que seriam 140 homens.

A tropa de elite chegou a Florianópolis preparada para atuar em diferentes frentes, como escoltas de ônibus, ocupação de territórios, prisão de líderes em liberdades e transferência para presídios federais de detentos da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC), além da realização de revistas nas penitenciárias do Estado.



Soldados da Força Nacional de Segurança embarcando em Brasília Foto: Reprodução Twitter


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