G1 RIO 23/02/2015 10h49
Beltrame diz que polícia do RJ não tem apoio para combater a criminalidade . Secretário afirmou que polícia está sozinha no estado. Quatro policiais foram mortos em menos de 24h no RJ.
Matheus Rodrigues Do G1 Rio
Corpo de policial civil Thiago Thome foi velado no cemitério Nossa Senhora da Conceição (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
O secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou nesta segunda-feira (23) que a polícia do estado atua sozinha no combate à criminalidade. O pronunciamento foi realizado durante o velório do policial civil Thiago Thome, de 29 anos, no cemitério do Maruí, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Thome morreu durante uma tentativa de assalto na cidade. No último final de semana, em 24 horas, quatro policiais foram mortos.
Pai é consolado por amigos e parentes durante velório (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
De acordo com Beltrame, outras instituições não dão o apoio necessário para combater a criminalidade do Rio. "A polícia está só. A polícia está sozinha nessa selvajaria toda, com essas pessoas que não tem apego nenhum pela vida e matam por um celular. Precisamos da ajuda das outras instituições que compõem o conceito de segurança pública. A ponta disso tudo é a polícia, e na ponta a polícia está sozinha", afirmou.
O pai da vítima afirmou que o sentimento é de revolta com a morte do filho. "Sinto revolta, só isso. Ele não tinha nem dois anos de polícia e morreu estupidamente", disse Zadir Oliveira de Deus.
Ainda durante o velório, o secretário disse que a polícia já planeja ações de resposta às mortes deste domingo (22). Ele também negou que as mortes tirem o fôlego das ações da polícia. "Isso não vai tirar o nosso ânimo, nós vamos atuar ainda nessa semana. O comandante já está reunido com todo o estado maior. Vamos agir sempre com racionalidade, inteligência e dentro da lei", disse.
Chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, compareceu ao enterro do policial civil em Niterói (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
O chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, afirmou, também durante o velório, que o fato das vítimas deste domingo (22) serem policiais estimulou a ação dos criminosos. "Ser policial civil no Rio de Janeiro não é fácil. A Polícia Civil chora hoje, dois policiais foram mortos no fim de semana. Foram mortos porque eram policiais e se não fossem policiais não teriam sido mortos. Nós vamos dar a resposta que temos que dar, através da lei", afirmou.
Quatro mortes em 24 horas
Na tarde de domingo, o corpo do policial Cid Jacson Silva, que era lotado na Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis, foi enterrado no cemitério de Mesquita, na Baixada. O secretário Beltrame e o Chefe de Polícia, Fernando Veloso, estiveram no cemitério, mas não quiseram falar com jornalistas.
Imagens mostram Cid caído no chão numa rua próxima a casa da mãe em Mesquita. Ele levou um tiro nas costas e três na cabeça e foi socorrido ao Hospital de Clínicas de Nova Iguaçu, mas não resistiu.
Na tarde de domingo o soldado da PM Alan Barros da Silva, de 31 anos, foi morto por homens em duas motos, quando fazia segurança na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Ele trabalhava no Batalhão de Grandes Eventos. Parentes e amigos estavam desolados no hospital Lourenço Jorge enquanto esperavam da liberação do corpo. Alan foi o quarto policial morto em menos de 24 horas no Rio.
Na manhã de domingo, o policial militar Pedro Gabriel Teixeira, de 25 anos, foi atacado e morto por criminosos em uma padaria no Centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele estava com outros dois colegas, que sobreviveram.
Beltrame diz que polícia do RJ não tem apoio para combater a criminalidade . Secretário afirmou que polícia está sozinha no estado. Quatro policiais foram mortos em menos de 24h no RJ.
Matheus Rodrigues Do G1 Rio
Corpo de policial civil Thiago Thome foi velado no cemitério Nossa Senhora da Conceição (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
O secretário de segurança do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou nesta segunda-feira (23) que a polícia do estado atua sozinha no combate à criminalidade. O pronunciamento foi realizado durante o velório do policial civil Thiago Thome, de 29 anos, no cemitério do Maruí, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Thome morreu durante uma tentativa de assalto na cidade. No último final de semana, em 24 horas, quatro policiais foram mortos.
Pai é consolado por amigos e parentes durante velório (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
De acordo com Beltrame, outras instituições não dão o apoio necessário para combater a criminalidade do Rio. "A polícia está só. A polícia está sozinha nessa selvajaria toda, com essas pessoas que não tem apego nenhum pela vida e matam por um celular. Precisamos da ajuda das outras instituições que compõem o conceito de segurança pública. A ponta disso tudo é a polícia, e na ponta a polícia está sozinha", afirmou.
O pai da vítima afirmou que o sentimento é de revolta com a morte do filho. "Sinto revolta, só isso. Ele não tinha nem dois anos de polícia e morreu estupidamente", disse Zadir Oliveira de Deus.
Ainda durante o velório, o secretário disse que a polícia já planeja ações de resposta às mortes deste domingo (22). Ele também negou que as mortes tirem o fôlego das ações da polícia. "Isso não vai tirar o nosso ânimo, nós vamos atuar ainda nessa semana. O comandante já está reunido com todo o estado maior. Vamos agir sempre com racionalidade, inteligência e dentro da lei", disse.
Chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, compareceu ao enterro do policial civil em Niterói (Foto: Matheus Rodrigues/G1)
O chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, afirmou, também durante o velório, que o fato das vítimas deste domingo (22) serem policiais estimulou a ação dos criminosos. "Ser policial civil no Rio de Janeiro não é fácil. A Polícia Civil chora hoje, dois policiais foram mortos no fim de semana. Foram mortos porque eram policiais e se não fossem policiais não teriam sido mortos. Nós vamos dar a resposta que temos que dar, através da lei", afirmou.
Quatro mortes em 24 horas
Na tarde de domingo, o corpo do policial Cid Jacson Silva, que era lotado na Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis, foi enterrado no cemitério de Mesquita, na Baixada. O secretário Beltrame e o Chefe de Polícia, Fernando Veloso, estiveram no cemitério, mas não quiseram falar com jornalistas.
Imagens mostram Cid caído no chão numa rua próxima a casa da mãe em Mesquita. Ele levou um tiro nas costas e três na cabeça e foi socorrido ao Hospital de Clínicas de Nova Iguaçu, mas não resistiu.
Na tarde de domingo o soldado da PM Alan Barros da Silva, de 31 anos, foi morto por homens em duas motos, quando fazia segurança na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Ele trabalhava no Batalhão de Grandes Eventos. Parentes e amigos estavam desolados no hospital Lourenço Jorge enquanto esperavam da liberação do corpo. Alan foi o quarto policial morto em menos de 24 horas no Rio.
Na manhã de domingo, o policial militar Pedro Gabriel Teixeira, de 25 anos, foi atacado e morto por criminosos em uma padaria no Centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele estava com outros dois colegas, que sobreviveram.
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