O SUL Porto Alegre, Domingo, 08 de Fevereiro de 2015.
WANDERLEY SOARES
Nesta moldura, alcanço entender os profissionais de polícia que se refugiam em desvio de funções
Nas águas turvas da segurança pública, há o antigo, permanente e, por isso, crônico problema da carência de efetivos na Brigada Militar e Polícia Civil. O mesmo quadro, por vezes esquecido nos debates, existe, em nível de elevada gravidade, na Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), que carece de agentes penitenciários, e no IGP (Instituto-Geral de Perícias), onde as perícias ficam em estado montanhoso pela falta de maior número de profissionais, que prestam serviços também para o Ministério Público. Isto, sem olvidar do Corpo de Bombeiros, instituição que está em processo de separação litigiosa da Brigada Militar.
Nestes dias de verão, a Brigada, no policiamento ostensivo, enfrenta a fumaceira da Operação Golfinho, das bestas que surgem na direção de carros, dos eventos carnavalescos, dos jogos do Gauchão, dos parques de Porto Alegre ensolarados e lotados, das trocas de tiros nos chamados Territórios da Paz e dos discursos dos arautos governo a afirmar que todos os espaços estão preenchidos e que para os servidores do rei e aos tementes a Deus nada faltará. Nesta moldura, alcanço entender os profissionais de polícia que se refugiam em desvio de funções. Afinal, o medo é uma das propriedades do ser humano que o conduz, em primeiro plano, à legítima defesa própria.
WANDERLEY SOARES
Nesta moldura, alcanço entender os profissionais de polícia que se refugiam em desvio de funções
Nas águas turvas da segurança pública, há o antigo, permanente e, por isso, crônico problema da carência de efetivos na Brigada Militar e Polícia Civil. O mesmo quadro, por vezes esquecido nos debates, existe, em nível de elevada gravidade, na Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), que carece de agentes penitenciários, e no IGP (Instituto-Geral de Perícias), onde as perícias ficam em estado montanhoso pela falta de maior número de profissionais, que prestam serviços também para o Ministério Público. Isto, sem olvidar do Corpo de Bombeiros, instituição que está em processo de separação litigiosa da Brigada Militar.
Nestes dias de verão, a Brigada, no policiamento ostensivo, enfrenta a fumaceira da Operação Golfinho, das bestas que surgem na direção de carros, dos eventos carnavalescos, dos jogos do Gauchão, dos parques de Porto Alegre ensolarados e lotados, das trocas de tiros nos chamados Territórios da Paz e dos discursos dos arautos governo a afirmar que todos os espaços estão preenchidos e que para os servidores do rei e aos tementes a Deus nada faltará. Nesta moldura, alcanço entender os profissionais de polícia que se refugiam em desvio de funções. Afinal, o medo é uma das propriedades do ser humano que o conduz, em primeiro plano, à legítima defesa própria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário