CORREIO DO POVO Porto Alegre, 17 de Dezembro de 2014
OSCAR BESSI FILHO
Hoje é um dia histórico para a Segurança Pública da minha região. É a inauguração da Central de Polícia Civil do Vale do Caí, da Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA), plantão 24h e da Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher. Um prédio moderno, inovador, de primeiro mundo. Como merece a nossa Polícia Civil. Como merece a nossa segurança pública. Como merece, acima de tudo, o nosso cidadão, a quem os profissionais de polícia dedicam suas vidas.
Tive a honra de conhecer a nova estrutura numa reunião com café da manhã promovida pelo Delegado Edilson Chagas Paim, titular da 1ª Delegacia Regional de Montenegro, onde, num ambiente moderno e acolhedor, estavam todos os delegados e oficiais da BM que atuam no Vale. O objetivo principal do delegado é somar esforços para que o melhor serviço prestado aconteça. Tive a grata surpresa de conhecer um homem que, a despeito de sua fama de líder e realizador, traz consigo uma humildade contagiante. Sempre com um sorriso no rosto, satisfeito pela obra que acaba de concretizar – mais uma no seu currículo, ele que já revolucionou estruturas em Caxias do Sul e Canoas, por exemplo -, o Delegado Paim é um anfitrião de primeira. E um filósofo pleno de generosidade e sabedoria. Gostei de ouvir suas percepções sobre o trabalho policial, sobre a importância de valorizarmos o que pensa e sente o agente que está lá, na linha de frente, sob as pressões da violência e da criminalidade.
Fiquei impressionado pelos gestos calmos de um homem que já viu tantos horrores e adversidades em sua longa trajetória policial. O entusiasmo juvenil, a vontade serena de encontrar sempre um meio termo, uma solução pacífica, uma conciliação. E não é tão comum encontrarmos líderes que tenham a preocupação humana como primeiro patamar hierárquico dos seus sentimentos. Enquanto ouvia o Delegado Paim falar sobre todos os novos espaços da delegacia, o motivo de se ter isto e aquilo para gerar conforto a quem ali chegar, seja cidadão comum, policial civil ou militar, conselheiro tutelar ou agente penitenciário, concluí: a grande obra, da mais avançada delegacia que já tive o prazer de conhecer, nem é o prédio em si. É a preocupação com as pessoas. Cada detalhe, cada sala, cada móvel foi projetado pensando nos seres humanos. Um alento onde o drama será rotina. Então conheci o seu “Ponto do Livro”, já pleno de títulos da melhor literatura brasileira e universal, e me convenci: definitivamente, a nova delegacia será mais do que um distrito policial. Será um grande referencial de humanização e cidadania.
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