JORNAL DO COMÉRCIO 19/06/2015
Rozemery Paixão
No âmbito dos cuidados com a saúde do profissional que atua na segurança pública, há uma equação bastante difícil de ser resolvida, mas que exige urgente busca por soluções. Por um lado, em certa medida, o estresse é fundamental ao servidor desta área, pois age como fator mobilizador na obtenção de uma resposta adequada a situações de risco ou de conflito. De outro, em se tratando da profissão líder em estresse, segundo ranking da Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil), seus profissionais precisam conhecer mecanismos para gerenciá-lo, evitando o surgimento de sintomas físicos, emocionais e psicológicos, que podem levar a um esgotamento físico e mental, como por exemplo: problemas cardíacos, depressão, transtornos do sono, ansiedade e ao consequente afastamento das atividades; e também ao que se conhece hoje como Síndrome de Burnout, que nada mais é que a exaustão emocional, despersonalização e redução da realização pessoal e profissional. Com ganho de popularidade a partir da década de 70, o Burnout responde à necessidade de tratar um mal que se instala em todas as profissões.
Como prevenir? Como em todos os casos, o meio mais eficaz de prevenção é conciliar ao dia a dia atividades que tragam mais qualidade de vida, valorizando momentos em família e com amigos, nutrindo o corpo com uma alimentação qualificada e praticando atividades físicas prazerosas. No caso específico do servidor da Segurança Pública, há elementos-chave a serem valorizados: o treinamento e o trabalho em equipe. É por esse viés que o policial e os demais servidores da área estarão mais preparados para enfrentar situações que causem estresse e para sair delas sem maiores prejuízos físicos e emocionais.
Psicóloga da Polícia Civil/RS
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