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Caso Igor: morte de estudante em festa completa dois anos sem culpados - Caso de Polícia, Zero Hora, 30 de novembro de 2010
Após 22 meses de investigação, a Polícia Civil entregou ao Ministério Público em agosto o inquérito policial sobre a morte do estudante de Direito Igor Santos Carneiro, 18 anos, assassinado com um tiro na cabeça durante uma festa na Associação dos Funcionários do Internacional (Asfinter), em Porto Alegre.
O crime ocorreu depois de uma discussão entre seguranças da festa e um grupo de jovens. Igor foi baleado na nuca no momento em que corria para fugir do tumulto.
Menos de uma semana após receber o inquérito policial, a promotora responsável pelo caso, Dirce Soler, já havia solicitado novas diligências à Polícia.
— Pelo que consta no inquérito, a Polícia fez muito. Só não consegui entender por que não ouviram os amigos da vítima, que estavam junto com ela no momento do crime e não identificaram um grupo de seguranças. Isso é elementar — assinala.
Segundo informações obtidas pelo blog, o principal suspeito do crime seria um ex-policial militar, morador de um município da Região Metropolitana. Apesar de ter sido identificado durante a investigação, a polícia não teria conseguido encontrar provas da participação dele no crime. Mesmo com essas dificuldades, a promotora se mostra otimista quanto ao desfecho do caso.
— Se essas duas diligências que solicitei forem cumpridas, ficaremos muito perto de descobrir quem matou o Igor — afirma.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Não acredito que tenha havido corporativismo neste caso. A polícia civil tem dificuldades para investigar, pois a perícia foi sequestrada da instituição, os inquéritos são extremamente burocratizados e a capacidade de recursos humanos é muito pequena. Se houvesse no RS um sistema de preservação da ordem pública envolvendo um judiciário mais próximo dos delitos (juizado de garantia) este tipo de investigação seria acompanhado e o MP não esperaria tanto tempo para aguardar seu pedido de diligências.
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