ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

LINHA DIVISÓRIA

WANDERLEY SOARES, REDE PAMPA, O SUL
Porto Alegre, Quarta-feira, 26 de Outubro de 2011.


Nos chamados "Territórios da Paz", é sempre um brigadiano que chega à frente.

A mensagem oficial do governo diz que "as atividades que integram o RS na Paz - Programa de Segurança Pública com Cidadania do Estado do Rio Grande do Sul - inaugura uma nova fase na consolidação do princípio de que segurança pública não é sinônimo de polícia". Trata-se de um conjunto de políticas públicas baseadas no diálogo entre ações sociais e policiais. Em Porto Alegre, este projeto atinge quatro bairros; em Canoas haverá implantação no bairro Mathias Velho; e em Passo Fundo, nos bairros Integração e Záchia. Ocorre que, embora nesse programa a palavra "polícia" fique meio camuflada, quase que como pejorativa, a precursora é a polícia ostensiva, que é concreta, fardada, armada. Mas o governo, que lança o programa já devidamente interpretado, diz que as ações policiais são detalhes. No entanto, não são bem visíveis às tais ações sociais, pois na frente sempre chega um brigadiano, que, afinal de contas, é quem dá o aval para que a coisa venha a funcionar. Do alto da minha torre, não obstante o Piratini abomine o jornalismo investigativo, procuro descobrir qual a linha, nos Territórios da Paz, que divide o processo eleitoreiro do processo de segurança pública.

Rebate falso

Depois de se despedir da comunidade do Vale do Sinos, dando a entender que iria para a reserva remunerada, o coronel Kleber Roberto Senisse retornou da Europa e, imediatamente, reassumiu, discretamente, o Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Vale do Sinos, com sede em Novo Hamburgo. Recém-reempossado, o coronel ainda reside em Porto Alegre. Senisse tem uma filosofia globalizada no que diz respeito à gestão de segurança pública. Não se atém a detalhes, prefere pensar grande. É um palestrante e conferencista arrebatador de plateias, especialmente quando fala sobre a Copa de 2014, que sediará cinco jogos em Porto Alegre. Por ora, enquanto não começa a Copa, cabe a Senisse abraçar o policiamento ostensivo de 16 municípios dos Sinos.

Judiciário funciona

Como é de sua tradição, Justiça Estadual do RS terá expediente normal nesta sexta-feira, 28 de novembro, data alusiva ao Dia do Funcionário Público. O Judiciário terá feriado em oito de dezembro, quando é comemorado nacionalmente o Dia da Justiça.

Quem sabe faz a hora

Os oficiais de nível superior da Brigada Militar (de capitão a coronel), desde agora estão mobilizados para a apresentação de diplomas reivindicatórios na Primeira Assembleia Geral Extraordinária da AsofBM (Associação dos Oficiais da Brigada Militar) marcada para 19 de novembro próximo. Riccardi Guimarães, presidente da entidade, já começou a receber sugestões de ações e procedimentos a serem adotados pela categoria. Pretendem os oficiais que o evento seja histórico com a presença de todos os núcleos do interior. Até Geraldo Vandré deverá ser lembrado no acontecimento com o "Quem sabe faz a hora não espera acontecer".

Pedreiro

Segunda-feira, foi cremado, em Porto Alegre, o corpo de Leônidas da Silva Reis, o primeiro delegado de polícia a exercer a chefia da Polícia Civil depois da tomada do poder pelos militares em 1964. Homem sem ódios, pedreiro livre, foi, até hoje, quem permaneceu no cargo por mais longo tempo - seis anos - e sempre manteve, em tempos difíceis, um relacionamento transparente com seus colegas e com jornalistas.

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