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domingo, 8 de dezembro de 2013

POLICIAL CIVIL MORRE BALEADO EM FRENTE A HOSPITAL

ZERO HORA 08/12/2013 | 07h31

Policial civil morre após ser baleado em frente a hospital de Alvorada. Autor do disparo teria sido um policial militar, que fugiu do local



Um policial civil morreu baleado na madrugada deste domingo em frente ao Hospital de Alvorada, na Região Metropolitana. Segundo a Delegacia de Homicídios do município, o autor do disparo teria sido um policial militar, que já estaria identificado, mas teria fugido após o incidente.

Conforme o titular da Delegacia de Homicídios, Maurício Barison Barcellos, quatro agentes da Polícia Civil estavam investigando um homicídio na vila Nova Dique, zona norte de Porto Alegre, no início da madrugada.

Em seguida, dois homens apresentaram-se no local como policiais militares e informaram que o possível autor do crime estava ferido no Hospital de Alvorada. Os seis policiais — civis e militares — se deslocaram até a instituição.

Em frente ao hospital, relata o delegado, os supostos PMs teriam iniciado uma discussão com familiares que acompanhavam o homem ferido. Durante a briga, um deles teria sacado a pistola e tentado agredir o familiar.

Em meio ao tumulto, um tiro foi disparado e acertou o policial civil Marcos Kaefer, 45 anos, lotado na Delegacia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Ele não resistiu aos ferimentos.

Após o disparo, o suspeito fugiu, de acordo com o delegado, que afirmou ainda ter se surpreendido com o calibre da arma utilizada no crime.

— Um estojo de munição encontrado no local é de 9mm. É incomum um policial militar usar uma arma desse calibre — disse Barcellos.

Ainda conforme o delegado, Kaefer era colega do investigador Carlos Heitor Bossler na Delegacia de Capturas. Bossler morreu baleado há cinco dias após tentar impedir o roubo de um carro no bairro Santo Antônio, em Porto Alegre.


ZERO HORA 08/12/2013 | 19h11

PM que matou policial civil em Alvorada estava de folga. O autor do disparo, que trabalha no Presídio Central, se apresentou à Delegacia de Homicídios na tarde deste domingo



Marcos Kaefer, 43 anos, trabalhava no setor de investigação da Delegacia de Capturas do DeicFoto: Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal


O policial militar que disparou a arma que matou o policial civil Marcos Kaefer, 43 anos, durante a madrugada deste domingo, em Alvorada, não estava trabalhando, segundo a Brigada Militar.

No começo da madrugada deste domingo, quatro agentes da Polícia Civil investigavam um homicídio na Vila Nova Dique, zona norte de Porto Alegre, quando foram alertados pelos dois policiais militares que o possível autor do crime estava ferido no Hospital de Alvorada.

No local, um dos PMs teria discutido com um dos familiares do homem internado. Exaltado, tentou dar uma coronhada em um deles, quando a arma disparou, atingindo o policial civil nas costas.

O homem, que trabalha no Presídio Central, e o colega que o acompanhava, estavam em horário de folga quando ocorreu o incidente que levou o PM a balear Kaefer. A arma que efetuou o disparo, uma 9 milímetros, não é de uso da Brigada Militar.

— Sabemos que é uma arma particular, mas não sabemos ainda se ele tem autorização para utilizá-la — disse o titular da Delegacia de Homicídios de Alvorada, Maurício Barison Barcellos.

O policial militar que disparou a arma fugiu do local, mas se apresentou na tarde deste domingo na 1ª Delegacia da Polícia de Alvorada para prestar depoimento. Segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa da Brigada Militar, o homem morto na Vila Nova Dique seria conhecido dos policiais militares, o que pode ter motivado sua intervenção na investigação da Polícia Civil.

— É um fato, sob todos os aspectos, lamentável. Não queremos que isso gere qualquer atrito institucional, mas, infelizmente, ocorreu o incidente — declarou o chefe da Civil, Ranolfo Vieira Junior.

A corregedoria da BM, que ajuda nas investigações, não quis se pronunciar sobre o assunto. Um inquérito será aberto pela Polícia Civil para apurar o caso.

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