ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

AGENTE DA PF DA OPERAÇÃO MONTE CARLO É EXECUTADO A TIROS


Policial federal é assassinado no cemitério Campo da Esperança
ZERO HORA 18/07/2012 | 08h11

Agente da PF morto em Brasília trabalhou na operação que revelou as atividades de Carlinhos Cachoeira. O corpo de Wilton Tapajós Macedo foi encontrado próximo ao túmulo de seus pais no cemitério Campo de Esperança

AGÊNCIA ESTADO
Um agente da Polícia Federal que trabalhou nas investigações da operação Monte Carlo foi assassinado na tarde de terça-feira no cemitério Campo de Esperança, em Brasília. Wilton Tapajós Macedo, o "agente Tapajós" levou dois tiros na cabeça e morreu na hora. A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal investigam o assassinato. A operação Monte Carlo revelou as atividades do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Uma das linhas de investigação considera que Tapajós tenha marcado um encontro com um informante dentro do cemitério. Os assassinos fugiram no carro de Wilton, um Volkswagen Gol. Um coveiro presenciou o crime e avisou a polícia. Até o início da noite de terça-feira, peritos da PF estavam no local.

Wilton foi encontrado próximo ao túmulo de seus pais. Os policiais que investigam o caso não sabem ainda se ele estava visitando o túmulo ou se foi morto em uma emboscada, ao ter marcado o encontro nesse local. A diretoria geral da PF ainda não se posicionou sobre o caso e não informou se há alguma ligação com as atividades da operação Monte Carlo.

Wilton tinha 54 anos, 24 anos na Polícia Federal, onde trabalhava no núcleo de inteligência. Atuou na CPI da pedofilia e também em investigações sobre tráfico de drogas. Deixa três filhos e esposa.

Pessoas ligadas à Monte Carlo já foram alvo de ameaças. O juiz Paulo Augusto Moreira Lima, que comandava o inquérito da operação na 11ª Vara de Justiça Federal de Goiás, deixou o comando do inquérito em junho, depois de comunicar ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que sua família estava correndo risco e sofrendo ameaças veladas. A procuradora da República Léa Batista de Souza, que também atuou na Monte Carlo, igualmente recebeu ameaças.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Com um sistema de justiça criminal corporativo, fracionado, burocrata, moroso, descomprometido e inoperante amparado por leis brandas e um judiciário cheio de mazelas, as autoridades enfraquecem e as máfias ficam cada vez mais atuantes, cruéis e ousadas o suficiente para matar policiais, promotores de justiça e magistrados. Se as autoridades não reagirem, o crime aumentará ainda mais as execuções como esta. É mais um herói que cai para o descaso, corporativismo, inoperância, impunidade e desordem pública que assolam o Brasil.

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