Rogério T. Brodbeck - Blog do Brodi, 31/08/2011
As manifestações havidas nas últimas emanas nas rodovias gaúchas atribuídas a segmentos de praças da Brigada Militar repercutiram favoravelmente em setores da opinião pública gaúcha.
Segundo breve enquete realizada pelo Jornal do Almoço, da RBS TV, nesta quarta-feira, mais de 70% dos participantes da pesquisa se mostraram a favor dos atos, ainda que os mesmos demonstrassem um certo contrassenso haja vista que se tratou de queima de pneus em rodovias, tipo de coisa normalmente executada por pessoas não vinculadas a órgãos policiais.
Mas, mesmo assim, onde deveria realmente ecoar, ou seja, no bojo do Governo estadual, tais protestos foram rejeitados, como se fosse um tiro no pé.
Segundo manifestação do secretário da Segurança na ZH de hoje não se pode precipitar protestos desse tipo com negociação em andamento.
Assim, em vez de reforçarem o seu protesto e legitimar o seu pleito, os autores de tais atos conseguiram uma boa justificativa governamental para, como se diz, "fincar o facão no toco".
Deram um motivo para o governo repudiar tais fato e endurecer o jogo da negociação. Foi mesmo um prato feito. Faltou cintura e assessoramento aos autores. Agora, vão ter de aguentar no osso as consequências.
A Policia exerce função essencial à justiça. Não é instrumento político-partidário. A segregação pela justiça e a ingerência partidária em questões técnicas e de carreira dificultam os esforços dos gestores e operadores de polícia, criam animosidade, desviam efetivos e reduzem a eficácia e a confiança do cidadão nas leis, na polícia e no sistema de justiça criminal que, no Estado Democrático de Direito, garante a ordem pública e os direitos da população à justiça e segurança pública.
ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.
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quarta-feira, 31 de agosto de 2011
PRATO FEITO
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terça-feira, 30 de agosto de 2011
O PIOR SALÁRIO - PROTESTOS FORA DE CONTROLE

Protestos com queima de pneus bloqueiam pelo menos três rodovias nesta madrugada no RS. Bloqueios ocorreram na BR-386, em Canoas, na BR-290, em Alegrete, e na BR-471, em Santa Vitória do Palmar - ZERO HORA, 30/08/2011, 08h10min
Pelo menos três bloqueios com queima de pneus em rodovias foram registrados entre a noite de segunda-feira e esta madrugada no Estado.
A BR-386 ficou completamente bloqueada em Canoas, na Região Metropolitana, por uma pilha de pneus que foram incendiados por volta das 4h. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou a liberação da pista cerca de 45 minutos depois do incidente.
Em Alegrete, na Fronteira Oeste, o protesto ocorreu no Km 571 da BR-290. A rodovia não chegou a ser bloqueada, mas pneus também foram queimados. Já na BR-471, em Santa Vitória do Palmar, na Região Sul, o bloqueio ocorreu na noite de segunda-feira.
A onda de bloqueios de rodovias com pneus em chamas aumentou a tensão em torno da negociação salarial entre governo e a entidade que representa os soldados da Brigada Militar.
Depois de apoiar sete protestos e acertar uma trégua, a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), entidade que representa servidores de nível médio da BM, perdeu o controle sobre os incendiários que voltaram a trancar estradas.
Na sexta-feira, em reunião no Piratini, o presidente da Abamf, Leonel Lucas, empenhou a palavra, garantindo o fim das manifestações, pelo menos, até o próximo encontro com o governo, agendado para a tarde de quarta-feira.
Entidade que representa PMs perde o controle sobre protestos em rodovias por aumento salarial. Incendiários voltaram a trancar estradas na madrugada desta segunda-feira em Lajeado e em Santiago - José Luís Costa, 30/08/2011 | 03h44min
Uma nova onda de bloqueios de rodovias com pneus em chamas surpreendeu o Palácio Piratini e a Brigada Militar (BM) e aumentou a tensão em torno da negociação salarial entre governo e a entidade que representa os soldados da corporação.
Depois de apoiar sete protestos e acertar uma trégua, a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), entidade que representa servidores de nível médio da BM, perdeu o controle sobre os incendiários que voltaram a trancar estradas na madrugada desta segunda-feira em Lajeado e em Santiago.
Na sexta-feira, em reunião no Piratini, o presidente da Abamf, Leonel Lucas, empenhou a palavra, garantindo o fim das manifestações, pelo menos, até o próximo encontro com o governo, agendado para amanhã à tarde.
Durante o final de semana, Lucas percorreu 22 cidades do Interior, tentando sensibilizar colegas e representantes da Abamf a evitarem novos protestos.
— Não sabemos de onde partiram essas coisas. Pedimos uma trégua — garantiu Lucas, se dizendo surpreso.
Por se tratar de parte de um movimento nacional por melhores salários a PMs, os protestos podem estar sendo articulados de forma independente à Abamf. Nos quartéis, há temor de que as manifestações tenham efeito contrário do esperado pelos servidores.
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sábado, 4 de junho de 2011
SALÁRIOS - BOMBEIROS SÃO PRESOS E LEVADOS PARA A CORREGEDORIA DA PM

Bombeiros presos começam a ser levados para Corregedoria da PM em Niterói - O DIA, 04/06/2011
Rio - Os manifestantes que ocuparam o Corpo de Bombeiros na noite de sexta-feira para sábado já começaram a ser levados para a sede da Corregedoria da Polícia Militar em Niterói. Um primeiro ônibus com os detidos já foi saiu do Batalhão de Choque, no Centro do Rio. Outros ônibus já estão no local.
Muitos familiares e bombeiros que não foram presos estão na frente do Batalhão protestando contra o ocorrido.
O governador Sérgio Cabral está reunido com secretários e em breve dará uma entrevista coletiva em relação à posição do Governo do Estado sobre os revoltosos.
O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) invadiu, por volta das 6h deste sábado, o quartel do Comando-Geral dos Bombeiros, na Praça da República, Centro do Rio. O local está ocupado desde a noite de sexta-feira por dezenas que manifestantes que reivindicavam aumento salarial, vale-transporte e melhores condições de trabalho. Para entrar no local, a PM usou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Pouco antes, foram ouvidos barulho de disparos de armas de fogo vindos do interior do quartel.
A Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil informou em nota na noite de sexta que os manifestantes serão presos por "invadir órgão público, agredir um coronel e desrespeitar o regulamento de conduta dos militares".
Por volta das 8h, o Bope anunciou a prisão de alguns revoltosos.
Entenda o caso
Trezentos bombeiros que protestavam por melhores salários e condições de trabalho invadiram o Quartel-Central da corporação, na Praça da República, sexta-feira à noite. Eles penduraram faixas de protesto nos veículos de combate a incêndio, impedindo os que estavam de serviço de sair para trabalhar. Manifestantes agrediram o comandante do Batalhão de Choque, coronel Waldir Soares Filho, que foi ferido na perna.
“Agora a briga é com a PM”, avisou o comandante-geral, Mário Sérgio Duarte, ao saber da agressão. Ele foi ao pátio da corporação com colete a prova de balas e bloqueou com carro a saída do QG. Por volta das 22h, alertou que todos seriam presos se não deixassem o quartel. Mário Sérgio prendeu o ex-corregedor da PM coronel Paulo Ricardo Paul, que apoiava o protesto. O secretário de Saúde e Defesa Civil do estado, Sérgio Côrtes, decidiu antecipar para hoje a volta dos EUA ao Rio.
Mulheres como escudo
PMs do Batalhão de Choque, do 3º BPM (Tiradentes) e a cavalo cercaram o prédio. Quase 2 mil ficaram do lado de fora gritando palavras de ordem com ajuda de carro de som. Na tentativa de evitar que as tropas usassem a força para dispersá-los, manifestantes atravessaram um caminhão da corporação entre o pátio e o portão e montaram cordão de isolamento com mulheres.
Às 19h30, os bombeiros forçaram o portão, se sentaram no pátio e avisaram que só sairiam após negociar com o governador Sérgio Cabral, o vice, Luiz Fernando Pezão, ou o comandante-geral dos bombeiros, coronel Pedro Machado. Mas, por volta das 22h10, dezenas de manifestantes começaram a deixar o quartel.
Guarda-vidas querem R$ 2 mil
Os protestos de guarda-vidas começaram no mês passado, com greve que durou 17 dias e levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo revogada pela Justiça.
Eles voltaram às ruas com apitaço e fogos de artifício. À tarde, pelo menos três mil protestaram na escadaria da Assembleia Legislativa (Alerj).
Um dos líderes do movimento, cabo Benevenuto Daciolo, explicou que eles voltaram às ruas porque até agora não teriam recebido contraproposta do estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Segundo ele, os guarda-vidas recebem cerca de R$ 950.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Não concordo com o local da manifestação. A realidade do momento mostra que os Comandos da PM e dos Bombeiros, que lá no Rio são forças militares estaduais independentes, não têm mais gerenciamento efetivo nas políticas salariais impostas pelos governantes. Portanto, é inoportuno e improdutivo apelar para eles uma melhor política salarial já que esta é formulada e aplicada pelo Governador e aprovada em plenário pela Assembléia Legislativa, e estes dois Poderes tratam diretamente com as categorias envolvidas só ouvindo os Comandos quando desejarem. Aqui no RS esta postura é muito evidente.
SALÁRIOS - COM BOMBAS PM INVADE QUARTEL OCUPADO POR BOMBEIROS DO RJ
Com bombas, Polícia Militar invade quartel ocupado por bombeiros no RJ - CORREIO BRAZILIENSE, 04/06/2011
A Polícia Militar e policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) invadiram neste sábado (4/6) o Quartel Central do Corpo de Bombeiros, no centro do Rio de Janeiro. Cerca de 2 mil bombeiros ocuparam o local ontem à noite durante um protesto por melhores salários. Eles alegam que tem o pior salário da categoria do país, R$ 950, e que há dois meses tentam negociar com o governo do Rio, mas não obtêm resposta. Os bombeiros pedem um piso salarial de R$ 2 mil e vale-transporte.
Por volta de 6h10 desta manhã, os policiais usaram bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio. Há informações de que crianças sofreram intoxicação e adultos tiveram ferimentos na cabeça. Mulheres e crianças também participam das manifestações, que começaram às 19h30 desta sexta, após uma passeata que teve início em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e seguiu até o quartel.
Neste momento, há pelo menos 600 bombeiros presos no Batalhão de Choque da PM.O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deve conceder uma entrevista coletiva em instantes.
A Polícia Militar e policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) invadiram neste sábado (4/6) o Quartel Central do Corpo de Bombeiros, no centro do Rio de Janeiro. Cerca de 2 mil bombeiros ocuparam o local ontem à noite durante um protesto por melhores salários. Eles alegam que tem o pior salário da categoria do país, R$ 950, e que há dois meses tentam negociar com o governo do Rio, mas não obtêm resposta. Os bombeiros pedem um piso salarial de R$ 2 mil e vale-transporte.
Por volta de 6h10 desta manhã, os policiais usaram bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio. Há informações de que crianças sofreram intoxicação e adultos tiveram ferimentos na cabeça. Mulheres e crianças também participam das manifestações, que começaram às 19h30 desta sexta, após uma passeata que teve início em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e seguiu até o quartel.
Neste momento, há pelo menos 600 bombeiros presos no Batalhão de Choque da PM.O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deve conceder uma entrevista coletiva em instantes.
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