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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

CHACINA EM CAMPINAS

ZERO HORA 30 de janeiro de 2014 | N° 17689


CHACINA EM CAMPINAS. 
Cinco PMs detidos


Policiais militares – cinco ao todo – foram detidos ontem por suspeita de participação na maior chacina da história de Campinas, quando 12 pessoas morreram entre os dias 12 e 13 de janeiro.

As prisões foram feitas pela Polícia Civil e pela Corregedoria da PM, segundo um delegado que participa das investigações. Eles foram levados para a Delegacia Seccional de Campinas (a 93 quilômetros de São Paulo).

Policiais militares eram os principais suspeitos da chacina. Horas antes dos ataques, o PM Arides Luiz dos Santos, 44 anos, havia sido assassinado próximo ao local das mortes. Dois rapazes tentaram roubar um posto de gasolina em que o PM, que estava de folga, parou para abastecer.

Ao perceber o assalto, Santos tentou desarmar um dos assaltantes e foi baleado. Os dois suspeitos de matar o policial foram presos – um em Minas, outro na Bahia.

Os homicídios da chacina tiveram características semelhantes: os atiradores passaram de carro e atingiram as vítimas com vários tiros de pistola. Desde o início, parentes e vizinhos das vítimas apontavam policiais militares como responsáveis pelos crimes.


zh 31 de janeiro de 2014 | N° 17690


Policiais negam que estejam envolvidos

Os cinco policiais militares presos suspeitos de envolvimento com os 12 assassinatos em série ocorridos em uma mesma região de Campinas há 17 dias negaram participação nos crimes em seus depoimentos à Polícia Civil, na madrugada de ontem.

Os cinco policiais estariam envolvidos em um plano de execução de criminosos na região do Ouro Verde, nos dias 12 e 13, em resposta ao assassinato de um PM durante uma tentativa de assalto em um posto de combustível horas antes na mesma área.

Quatro dos cinco presos são do 47º Batalhão de Campinas, mesma unidade onde trabalhava o policial Arides Luís dos Santos, de 44 anos, morto pelos assaltantes. Eles foram ouvidos durante a madrugada e levados pela Corregedoria da PM para o presídio da corporação, na capital, o Romão Gomes.

Apesar das negativas, a força-tarefa da Polícia Civil e do Ministério Público montada para apurar o caso tem elementos que colocam os suspeitos nos locais dos crimes. Todos estavam de folga naquela madrugada. Uma moto supostamente usada nas chacinas foi encontrada e pelo menos duas armas de mesmo calibre usada nos crimes, durante as buscas nas casas dos policiais.

As prisões são temporárias e foram obtidas com base no assassinato de uma das 12 vítimas. Uma testemunha, que estava escondida e presenciou a execução de Joab das Neves, de 17 anos, reconheceu o policial autor do disparo na cabeça do jovem.

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