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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

GOLPE NO PROGRAMA DE DESARMAMENTO NA BAHIA

A TARDE - 28/11/2013 às 09:34


Operação combate golpes ao programa de desarmamento na Bahia

Da Redação, com informações de Alean Rodrigues



Luiz Tito | Ag. A TARDE
Agentes encontraram um rifle 44 na casa de um comandante da PM

A Polícia Federal (PF) realiza nesta quinta-feira, 28, uma operação de combate a golpes no programa federal de desarmamento nos municípios baianos de Feira de Santana, Cícero Dantas, Antas e em Fortaleza, no Ceará.

A ação, batizada de "Vulcano", cumpre 23 mandados: 12 de busca e apreensão, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva (para cumprimento de pena). Três pessoas já foram presas: Clóvis Nunes, coordenador nacional da ONG MovPaz Brasil, e seu irmão Carlos Nunes e o coronel da Polícia Militar Martinho.

Carlos Nunes foi preso em Fortaleza e está sendo trazido para a delegacia Federal de Feira de Santana (a 107 quilômetros de Salvador). O coronel Martinho foi preso por porte ilegal de arma. Durante a revista na casa do PM, a polícia encontrou um rifle 44 sem documento. Martinho foi comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar do município.

O coronel já estava sendo investigado pela PF antes da prisão. Segundo informações iniciais da PF, Cel. Martinho era o responsável por guardar a senha de acesso ao sistema do programa Desarme, do governo. O militar, no entanto, passava a senha para terceiros, facilitando a fraude nas indenizações.

Irmãos presos em Feira

Os irmãos Nunes são responsáveis pela ONG Casa da Paz, braço da MovPaz Brasil, que fazia arrecadação de armas pelo programa de desarmamento do governo federal na cidade baiana. No programa, as pessoas que entregam suas armas podem receber de R$ 150 a R$ 450, a depender do calibre da arma.

De acordo com a PF, os irmãos mantinham um esquema no qual fabricavam armas artesanais cadastradas como de fabricação industrial, que eram repassadas à ONG e recebiam em troca a taxa indenizatória. Além disso, eles falsificavam recibos. Com isso, os irmãos recebiam outros valores.

Segundo o delegado Val Gular, coordenador da operação, o esquema envolve a PM e várias ONGs da cidade. O prejuízo aos cofres públicos, de acordo com Gular, é de cerca de R$ 1,3 milhão.

Mais de 8 mil armas artesanais

Durante a investigação, a polícia apurou que, das 8.800 armas de fogo cadastradas e que geraram indenizações, 4 mil não existiam e outras 4.400 eram de fabricação artesanal.

Às 15 horas desta quinta será apresentado o balanço da operação "Vulcano", no posto da Polícia Federal de Feira.

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