ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

ESFORÇO POLICIAL E AJUDA CIDADÃ INUTILIZADOS PELA AUSÊNCIA DA DEFENSORIA

SEM DEFENSOR. Suspeitos liberados por falta de advogado - MARIELISE FERREIRA, ZERO HORA 18/07/2011

A falta de advogados de defesa causou a soltura de dois homens detidos por porte ilegal de armas, em Erechim. Ao atender a uma queixa, na noite de sexta-feira, a Brigada Militar prendeu os homens, que acabaram sendo soltos na Delegacia da Polícia Civil.

O frentista de um posto de gasolina da rodovia Erechim-Concórdia (BR-153) se surpreendeu ao abastecer uma Fiorino, às 23h35min. Dentro do carro, um dos cinco ocupantes vestia touca ninja. Ele avisou a Brigada Militar, que conseguiu abordar o carro.

Ao revistar os homens, os policiais encontraram dois revólveres 38 com munições. A placa do carro também estava com o lacre rompido. Uma consulta ao sistema de informações da segurança e ligações para a PM de Santa Catarina revelaram que os cinco homens tinham passagens anteriores pela polícia.

Levados para a Delegacia de Pronto Atendimento de Erechim, os homens acabaram liberados porque não havia defensor disponível para atendê-los. O caso, conforme o delegado Olinto Gimenes, não é novidade. Como no Interior os defensores públicos não atendem a casos de prisão em flagrante, cada delegacia precisa ligar para advogados particulares em busca de um profissional.

– Liguei para toda a lista de advogados, e quem atendeu não quis atuar – diz Gimenes.

Por falta de advogado, o delegado não efetuou a prisão em flagrante, uma vez que faltaria um requisito legal, e o juiz acabaria por não homologá-la.

Contraponto - O que diz Leonardo Darde, defensor público de Erechim - “Por orientação da Defensoria Pública do Estado, não atendemos flagrantes uma vez que não temos estrutura e nem pessoal para dar conta deste trabalho. Já houve a interposição de diversas ações pedindo a atuação do defensor público nesses casos, mas o Tribunal de Justiça definiu que o trabalho não pode ser prestado enquanto não houver condições materiais e defensores específicos para o trabalho em sistema de plantão. “

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Este é o Brasil. De que adianta o cidadão se arriscar para comunicar atitudes e pessoas suspeitas ajudando os policiais a tirar das ruas a bandidagem, instrumentos regiamente pagos pelo sistema deixam de cumprir a sua parte na preservação da ordem pública. Depois é facil atirar a culpa na polícia pela perda de vidas e de patrimônio.

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