sábado, 8 de outubro de 2011

MISSÃO DE RISCO NA ROTINA POLICIAL

COMOÇÃO NA SERRA - ZERO HORA 08/10/2011

A rotina de notícias a respeito de bem-sucedidas operações policiais só ontem, Polícia Civil e BM prenderam 40 em ações especiais pode dar ao cidadão comum a impressão de que prender é fácil. E que os policiais só não agem porque não querem. Afinal, as bocas-de-fumo não estão aí, em lugares conhecidos? Pois é, leitor, mas não é bem assim.

Primeiro, tem de se certificar de que a informação é certa.

Não adianta derrubar a porta errada, o que equivale a abuso e desinformação. Identificado o alvo, é preciso ter elementos que justifiquem a prisão.

Drogas, carros irregulares, armas. Não adianta saber que alguém lida com ilegalidade, é preciso provar.

E, por último, é preciso saber a hora de prender e ter coragem para fazer isso.

Coragem não faltou aos policiais que se envolveram na tragédia na cidade de Caxias do Sul.

Talvez não tenha faltado também informação “quente”, já que o criminoso era tão ousado que respondeu à tentativa de prisão com uma saraivada de balas, que tirou vidas inclusive de gente que não era alvo do cerco.

O necessário, talvez, era um pouco mais de prudência por parte do agente e do delegado.

O policial que morreu não usava colete à prova de balas, ao que consta.

Uma temeridade, em se tratando de tentar prender.

Os homens da lei também agiram em número reduzido.

A recomendação dos manuais é para que, em operações, o número de policiais seja de três para cada alvo.

A pressa, às vezes, traz consequências que ninguém gostaria de registrar.

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