RAFAEL MARTINI - DIÁRIO CATARINENSE, 17 de agosto de 2011
As declarações do tenente-coronel Rogério Kumlehn, trazidas com exclusividade por este Visor no DC de ontem e no diario.com.br, só reforçam o antigo ditado: quem com ferro fere, com ferro será ferido. Recentemente, o oficial foi criticado pela tropa por instalar câmeras de monitoramento nas viaturas da PM. Alguns policiais reclamaram da invasão de privacidade. Dias depois, eis que surgem as gravações colocando o oficial em maus lençóis.
Em situações de crise, a orientação tanto para Polícia Civil quanto para o comando da PM é tratar tais episódios como “casos isolados”. Não são. Os conflitos têm se intensificado. Ano passado, um agente da Deic foi preso e conduzido ao quartel da PM, mesmo identificando-se como policial. Os delegados estão à beira de um ataque de nervos. Acham que o secretário de Segurança, César Grubba, fez sua escolha pela farda da Polícia Militar. Para eles, a nota do governo não foi suficiente.
O fato é que não existe mocinho nem bandido nesta história. Apenas vítimas: a própria sociedade catarinense que assiste, atônita, a um oficial da PM fazer declarações preconceituosas e homofóbicas, enquanto a violência bate à sua porta. A propósito: qual será a opinião do governador Raimundo Colombo sobre o assunto?
QUE MEDA!
De Thiago Silva, diretor do Procon, ao falar da crise na PM:
– Se a polícia fala mal de um promotor de Justiça, imagina o que dizem de mim: moreno, nascido no morro e homossexual assumido?
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