terça-feira, 9 de junho de 2015

A BRIGADA E O BATMAN



ZERO HORA 09 de junho de 2015 | N° 18188


EDITORIAIS




A resposta debochada do comandante do 9º BPM aos jornalistas que o informaram sobre assaltos no Parque Farroupilha, durante evento realizado na noite de sábado, revela falta de sensibilidade do oficial em relação à segurança dos cidadãos. Não cabe a um soldado julgar se os participantes de determinada festa querem a BM por perto ou mesmo se são gente de bem. Ao sugerir que as vítimas chamassem o Batman ou o Super-Homem, o tenente-coronel fez uma brincadeira infeliz como tantas que circulam diariamente nas redes sociais. Mais grave do que a gafe, porém, é o descaso com a proteção das pessoas. Pela omissão e não apenas pela brincadeira é que o oficial deve ser responsabilizado.

O episódio também deixa outros ensinamentos que não devem ser negligenciados, entre os quais a atualização do sistema de denúncias e pedidos de socorro. Por que só o 190? Se a Brigada Militar pode ser acessada por outros canais de comunicação, não há razão para burocratizar o contato com o cidadão. Chegue por onde chegar, um pedido de socorro deve ser atendido com a agilidade que a situação exigir. Certamente a autoridade deve se precaver em relação a trotes, mas esse tipo de distorção também ocorre pelo 190.

Então, que o rumoroso caso sirva para a Brigada Militar aperfeiçoar seu sistema de atendimento ao público, a começar por uma advertência formal ao autor da brincadeira sem graça para que tal fato não se repita.

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