06/07/2012 às 05h45:
Agentes reclamam de programa de apoio psicológico da Polícia Militar. Eles se queixam de, muitas vezes, terem que ser retirados do serviço nas ruas
Érica Saboya, do R7
Os agentes da Polícia Militar de São Paulo que se envolvem em ocorrências graves ou que apresentam problemas pessoais têm disponível um centro especializado em apoio psicológico, o Proar (Programa de Atendimento e Apoio ao Policial Militar). O serviço funciona com rigidez, de acordo com soldados ouvidos pela reportagem do R7, mas eles afirmam que o formato do programa os desagrada.
—Tem essa palhaçada de matar bandido e ficar um mês passando por psicóloga. Deveria ter pelo menos uma conversa informal a cada seis meses. Poderia evitar mais problemas do que ser retirado obrigatoriamente das ruas quando cumpre seu dever.
A psicóloga Henriette Tognetti Penha Morato, professora do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), coordenou por oito anos (de 2000 a 2008) um projeto de atendimento psicológico a policiais militares. Ela afirma que todas as conversas que manteve com os policiais nesse período mostrou que o atendimento do centro é visto por eles como uma punição.
A visão de Henriette, porém, é rebatida pelo ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), o tenente-coronel reformado Paulo Telhada, para quem essa percepção mudou ao longo dos anos.
Quando esse serviço começou, em meados dos anos 90, o policial o encarava como punição porque tinha o horário mudado, perdia o bico etc. Mas, hoje, não é mais assim. O Proar é maravilhoso. A melhor coisa que a Polícia Militar já fez.
Procurada pelo R7, a PM não respondeu às críticas feitas pelos soldados entrevistados pela reportagem nem à pergunta sobre o número de atendimentos psicológicos anuais dados aos policiais no centro.
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